Economia

Carris com prejuízo de sete milhões e Metro de Lisboa de 15,3 milhões em 2013 

A Carris registou um prejuízo de sete milhões  de euros em 2013 e o Metropolitano de Lisboa perdas de 15,3 milhões no mesmo  ano, números que representam uma melhoria face a 2012 em ambos os casos.

(Arquivo/Reuters)
© Jose Manuel Ribeiro / Reuters

Num comunicado conjunto hoje emitido pelas duas empresas de transportes  de Lisboa, é referido que, no caso da Carris, "os resultados líquidos evoluíram  muito positivamente, tendo a empresa registado um prejuízo de apenas sete  milhões de euros, que contrasta com o prejuízo superior a 64 milhões de  euros verificado em 2012, correspondendo a uma melhoria de 89%". 

Já no caso do Metropolitano de Lisboa, os resultados líquidos da empresa  registaram "um forte incremento, tendo o prejuízo do exercício se fixado  em apenas 15,3 milhões de euros, que compara com -77,3 milhões de euros  atingidos no ano anterior". 

O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações)  da Carris aumentou 78,5% em 2013 face ao ano anterior, tendo atingido os  26,6 milhões de euros, mais 11,7 milhões do que em 2012. 

No Metro de Lisboa, cujas contas são ainda provisórias, o EBITDA cresceu  18% em 2013, atingindo os 24,6 milhões de euros, o que a empresa atribuiu  às "medidas de racionalização de custos implementadas". 

Em 2014, as duas empresas vão prosseguir a sua atividade, "aprofundando  e consolidando o seu processo de reestruturação e de integração operacional,  prosseguindo os trabalhos técnicos, financeiros e jurídicos necessários  para que o acionista (Estado) possa concretizar o processo de concessão  do respetivo serviço público a privados". 

A 15 de abril, a Câmara de Lisboa aprovou dar início a negociações  com o Governo para assumir a gestão da Carris e do Metro, com António Costa  a defender que "é necessário refletir ponderadamente sobre a oportunidade  que existe", mas também sobre "os riscos que comporta". 

Recordando que uma das causas que levou ao desequilíbrio financeiro  nestas duas empresas se prende com o facto de o pagamento de indemnizações  compensatórias "nem sempre" ter sido feito, o presidente da Câmara de Lisboa,  António Costa, afirmou que entre o município e o Estado terá de se encontrar  "um mecanismo novo de consignação de receitas". 

Entre as preocupações da Câmara de Lisboa na negociação com o Ministério  da Economia está uma "partilha adequada de responsabilidades de quem é acionista  -- o Estado -- e de quem assumirá a gestão -- o município", que deverá ser  feita de acordo com "um modelo de financiamento sustentável dos investimentos  futuros e da exploração e tendo como pressuposto uma solução para os passivos  acumulados". 

A Câmara de Lisboa vai negociar com o Governo a gestão do Metro e da  Carris por um período entre cinco a 10 anos, defendendo, depois desse período,  o regresso da titularidade destas empresas para o município. 

 

     

 

Lusa

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