Economia

Governo reunido em Conselho de Ministros extraordinário

O Governo reúne-se esta manhã num Conselho de Ministros extraordinário, para discutir o Documento de Estratégia Orçamental, que tem que ser apresentado até abril. Junto à Presidência do Conselho de Ministros, onde decorre a reunião, um pequeno grupo de reformados marcou presença num protesto convocado através do Facebook.

(Jorge Oliveira/SIC/Arquivo)

A realização de um Conselho de Ministros extraordinário foi confirmada  na quinta-feira passada pelo ministro da Presidência, Luís Marques Guedes  que explicou que o objetivo do encontro de hoje é "permitir que a discussão  relativamente ao DEO seja fechada com a participação e coordenação" do primeiro-ministro,  Pedro Passos Coelho, que esteve ausente, por questões de agenda, das últimas  duas reuniões ordinárias e não estará também na da próxima quinta-feira.

Em fevereiro, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados  da 11. avaliação ao programa de assistência económica e financeira, a ministra  das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou que as medidas de austeridade  para 2015, e que irão ser discutidas na última avaliação ao resgate, estarão  incluídas no DEO, que de acordo com o calendário orçamental é apresentado  em abril. 

Na semana passada, num encontro informal com jornalistas, fonte oficial  do Ministério das Finanças disse que o Governo está a avaliar a possibilidade  de aplicar a Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) de forma  permanente, ajustando o valor das pensões a critérios demográficos e económicos,  e que o impacto da medida deveria ser quantificado no Documento de Estratégia  Orçamental (DEO) em abril. 

Em Moçambique, na quinta-feira, o primeiro-ministro disse que o Governo  não tem, nesta fase, nenhuma discussão "em cima da mesa" sobre reduções  adicionais de salários e pensões, mas insistiu na necessidade de garantir  a sustentabilidade do sistema de Segurança Social. 

Já na sexta-feira, o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, disse que  "foi um erro" o que se passou relativamente às notícias sobre um eventual  corte permanente nas pensões, sublinhando que ainda não há nenhuma proposta,  nem o Governo tomou qualquer decisão política. 

No início da semana, nas jornadas parlamentares do PSD, e perante notícias  que apontavam para cortes no DEO na ordem dois mil milhões de euros, o primeiro-ministro  disse não haver "nada escondido" em matéria de défice público e objetivos  do país para 2015. 

"É sabido que ainda precisamos de fazer descer o nosso défice público  em 2015, nos termos que ficaram acordados com os nossos credores internacionais,  para 2,5% do PIB. Não sabemos ainda com rigor, em termos de valor absoluto,  o que é que isso vai significar. Mas haveremos de saber dentro de algum  tempo, durante o mês de abril terá de ficar clarificado", declarou Pedro  Passos Coelho. 

Com Lusa

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