Os dados finais do INE, que ficaram inalterados face à anterior estimativa, mostraram que, no terceiro trimestre de 2013, o PIB teve uma contração homóloga de 1%.
O INE explicou que "a redução menos intensa do PIB em termos homólogos no terceiro trimestre refletiu um contributo negativo menos acentuado da procura interna, que passou de -2,9 pontos percentuais (p.p.) no segundo trimestre para -1,6 p.p., devido sobretudo à diminuição menos significativa das Despesas de Consumo Final das Famlias Residentes".
"O contributo positivo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB diminuiu, situando-se em 0,6 p.p. (0,8 p.p. no trimestre anterior), em resultado da desaceleração das Exportações de Bens e Serviços", acrescentou.
O INE adiantou também que "comparativamente com o trimestre anterior, o PIB registou um aumento de 0,2% no terceiro trimestre de 2013, refletindo um contributo positivo da procura interna que mais que compensou o contributo negativo da procura externa líquida".
O Governo e a troika preveem que a economia portuguesa se contraia 1,8% em 2013, após a queda de 3,2% em 2012, quando teve a maior recessão em todas as décadas, prevendo um crescimento de 0,8% em 2014.
Esta retoma vista, apesar do Orçamento de Estado (OE) para 2014 conter 3.900 milhões de euros (ME) - 2,3% do PIB – em medidas de austeridade, sendo mais de 80% deste esforço do lado da despesa.
Os funcionários e pensionistas públicos vão pagar o grosso desta austeridade, com cortes de salários e pensões, que visam descer o défice para os 4% do PIB impostos pela troika em 2014, mas os analistas alertam que podem ser 'chumbadas' pelo Tribunal Constitucional.
Reuters e Lusa