Estas posições foram transmitidas à agência Lusa por António Galamba, membro do Secretariado Nacional do PS, depois de o porta-voz e vice-presidente do PSD, Marco António Costa, ter acusado os socialistas de "isolamento institucional" sobre a discussão da reforma do Estado - posição tida pelos sociais-democratas como "incompreensível".
Na reação, António Galamba disse que Marco António Costa "parece estar investido nas funções de ministro da propaganda do PSD".
"Mas há limites. Depois de o PSD ter chumbado 90 por cento das propostas do PS de alteração ao Orçamento do Estado para 2014 - casos da prorrogação do subsídio social de desemprego por mais seis meses, da redução do IVA da restauração ou do pagamento das dívidas do Estado às empresas - e de a mesma maioria ter aprovado sozinha o Orçamento, é preciso ter lata para falar em isolamento institucional do PS", respondeu o dirigente socialista.
Neste contexto, António Galamba reafirmou que o PS "está indisponível para uma farsa em torno da alegada reforma do Estado, que mais não é do que um pretexto para desmantelar sem critério o Estado social".
"O PSD não está interessado em nenhum contributo do PS para o que quer que seja. Apenas quer um fiador para as suas opções políticas de austeridade sobre austeridade", acrescentou o membro do Secretariado Nacional do PS.
Lusa