Economia

Idade média da reforma vai continuar a subir e valor das pensões a descer

A previsão é feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). O valor das novas pensões vai continuar a descer. Idade média da reforma deverá subir até aos 67 anos. OCDE avança que o corte nas pensões mais elevadas em Portugal chegará aos 40%.

A idade média da reforma vai continuar a subir  e o valor das pensões vai sofrer uma redução acentuada para quem entra agora  no mercado de trabalho, segundo dados hoje divulgados pela Organização para  a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).  

De acordo com o relatório 'Panorama das Pensões', a OCDE estima que  a idade média da reforma deverá subir "pelo menos" até aos 67 anos entre  os países da Organização até 2050, mais 3,5 anos no caso dos homens e 4,5  anos no caso das mulheres face aos níveis atuais.  

O valor das pensões, por sua vez, também vai continuar a descer entre  os 34 países membros, com a OCDE a avisar as gerações que estão agora a  entrar no mercado de trabalho devem poupar mais. De acordo com a OCDE, Portugal  é atualmente o quarto país (depois da Dinamarca, Grécia e Austrália) que  apresenta uma maior cobertura em termos de pensões, com perto de 85% da  população com mais de 65 anos a receber algum apoio específico ou pensão  mínima. 

Portugal está também, de acordo com a OCDE, entre os países que dão  mais proteção aos pensionistas com menores rendimentos.  

"Na Grécia e em Portugal, a redução das pensões é consideravelmente  mais baixa para os que estão no último quarto da distribuição de rendimentos",  refere a organização liderada por Ángel Gurria.  

No que concerne às pensões mais elevadas, a OCDE destaque que enquanto  as reformas na Grécia irão cortar cerca de 10% aos que recebem pensões mais  elevadas, em Portugal esse corte chegará aos 40%.

Lusa 

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