"A 15 outubro de 2012 fez-se o primeiro passo para a União Bancária Europeia, penso que vai ser muito importante se andarmos depressa", disse Jardim, nas jornadas promovidas pelo Millenium BCP no Funchal, que contou com a presença do presidente do grupo, Nuno Amado.
O líder madeirense considerou ser "tempo do Banco Central Europeu assumir estas funções para garantir condições de segurança e estabilidade para haver mais confiança de depositantes e investidores".
Mas para o governante insular, "os passos que se deram até agora são insuficientes".
"Julgo que consolidação na segurança que se tem de dar a banca do ponto de vista de investimentos e depositantes tem de passar para um sistema mais centralizado na sustentação da banca", sustentou.
Jardim salientou que esta iniciativa não tem apoio da Alemanha, que tem vindo a exigir a revisão do Tratado do Euro e de outros tratados europeus, o que, no seu entender, poderia "protelar indevidamente esta questão".
O responsável do executivo regional sublinhou que "a celeridade é exigível" e "vai implicar novas normas internas sobre o funcionamento dos bancos".
"A demora é terrível neste caso da União Bancária, porque esta demora não vai facilitar a retoma e, por outro lado, pode arriscar-se a prolongar a situação de desemprego na Europa, que ronda na zona euro os 19 milhões de pessoas, 50% há mais de um ano desempregados", argumentou.
Jardim realçou que o "aspeto de o BCE não ser financiador direto dos Estados-membros é um ponto que deve ser revisto para prevenir futuras crises".
Jardim aproveitou a ocasião para instar o BCP a entrar no consórcio que está a ser criado para ajudar o Governo Regional a regularizar as dívidas na área da saúde.
"Espero ter a vossa colaboração no consórico que estamos a fazer, que o vosso banco não entrou e outros ja entraram para regularmos a questão de dividas no setor saude (...), o que vai permitir injetar dinheitro nas empresas, não é para investimento público", destacou.
Lusa