Economia

Jardim defende União Bancária Europeia para facilitar retoma 

O presidente do Governo Regional da Madeira,  Alberto João Jardim, defendeu hoje ser necessário celeridade no processo  de criação da União Bancária Europeia para facilitar a retoma da crise financeira.

"A 15 outubro de 2012 fez-se o primeiro passo para a União Bancária  Europeia, penso que vai ser muito importante se andarmos depressa", disse  Jardim, nas jornadas promovidas pelo Millenium BCP no Funchal, que contou  com a presença do presidente do grupo, Nuno Amado. 

O líder madeirense considerou ser "tempo do Banco Central Europeu assumir  estas funções para garantir condições de segurança e estabilidade para haver  mais confiança de depositantes e investidores". 

Mas para o governante insular, "os passos que se deram até agora  são insuficientes". 

"Julgo que consolidação na segurança que se tem de dar a banca do ponto  de vista de investimentos e depositantes tem de passar para um sistema mais  centralizado na sustentação da banca", sustentou. 

Jardim salientou que esta iniciativa não tem apoio da Alemanha, que  tem vindo a exigir a revisão do Tratado do Euro e de outros tratados europeus,  o que, no seu entender, poderia "protelar indevidamente esta questão". 

O responsável do executivo regional sublinhou que "a celeridade é exigível"  e "vai implicar novas normas internas sobre o funcionamento dos bancos".

"A demora é terrível neste caso da União Bancária, porque esta demora  não vai facilitar a retoma e, por outro lado, pode arriscar-se a prolongar  a situação de desemprego na Europa, que ronda na zona euro os 19 milhões  de pessoas, 50% há mais de um ano desempregados", argumentou. 

Jardim realçou que o "aspeto de o BCE não ser financiador direto dos  Estados-membros é um ponto que deve ser revisto para prevenir futuras crises".

Jardim aproveitou a ocasião para instar o BCP a entrar no consórcio  que está a ser criado para ajudar o Governo Regional a regularizar as dívidas  na área da saúde. 

"Espero ter a vossa colaboração no consórico que estamos a fazer, que  o vosso banco não entrou e outros ja entraram para regularmos a questão  de dividas no setor saude (...), o que vai permitir injetar dinheitro nas  empresas, não é para investimento público", destacou. 

 

     

Lusa

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