Desporto

Cinco anos após terminar a carreira, Usain Bolt revela: "Quando subo escadas fico sem fôlego"

Um ano depois de ter sofrido uma rutura no tendão de Aquiles, o ex-velocista, de 39 anos, confessa que já não corre, uma decisão que já se faz sentir em algumas das coisas mais simples do quotidiano.

Kim Kyung-Hoon

Gabriel Mota Figueiredo

Usain Bolt é, inquestionavelmente, um dos melhores atletas de sempre, mas os anos passam, as rotinas vão-se alterando e a condição física de um outrora velocista de elite deixa de ser a mesma, tal como revelou o próprio.

Em Tóquio para assistir aos Mundiais de Atletismo, no domingo, o atleta, que se retirou da competição em 2017, revelou à imprensa internacional que, atualmente, leva um estilo de vida mais sedentário.

“Normalmente, acordo a tempo de ver as crianças a saírem para a escola e depois depende do que tenho para fazer. Se não tenho nada para fazer, relaxo. Às vezes, se estiver de bom humor, faço exercício físico. Vejo algumas séries e relaxo até as crianças voltarem para casa. Passo algum tempo com eles até começarem a irritar-me e vou-me embora. Depois, fico em casa a ver filmes ou, como agora estou interessado em Lego, faço Lego”, contou, citado pelo The Guardian.

Um ano após ter sofrido uma rutura no tendão de Aquiles, Bolt, de 39 anos, confessou que já não corre, uma decisão que já se faz sentir em algumas das coisas mais simples do quotidiano: 

“Não, eu faço principalmente exercícios no ginásio. Não sou muito fã, mas acho que agora que estou fora há algum tempo, preciso de começar a correr porque quando subo escadas fico sem fôlego. Acho que quando começar a treinar a sério novamente, provavelmente, terei de dar algumas voltas só para recuperar o fôlego.” 

"Nós simplesmente temos mais talento"

O homem mais rápido do mundo durante vários anos aproveitou a sua presença em Tóquio para se pronunciar sobre as diferenças entre os velocistas jamaicanos do passado e os do presente, que não têm conseguido atingir êxitos significativos nos últimos anos.  

Para Bolt a explicação é simples: 

"Querem a resposta verdadeira? Nós simplesmente temos mais talento. É tudo o que tenho a dizer. Claro que isso fica evidente quando se trata dos homens. Pode ver-se que as mulheres são diferentes, estão a correr cada vez mais rápido. Então, fica evidente: tem de ser o talento." 

No entanto, o jamaicano pôde ver de perto um compatriota subir ao mais alto lugar do pódio, no Japão, depois de Oblique Seville ter conquistado o primeiro lugar nos 100 metros.  

Em toda a sua carreira, o velocista amealhou oito medalhas de ouro em Jogos Olímpicos, bem como 11 títulos mundiais e três recordes mundias, que ainda hoje permanecem intocáveis - nos 100 metros (9,58 segundos), 200 metros (19,19 segundos) e 4x100 metros (36,84 segundos).

Últimas