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"Diogo Jota era particularmente afetivo com os seus companheiros de equipa que o estimavam sobremaneira"

Ribeiro Cristóvão, comentador da SIC, considera que as várias homenagens a Diogo Jota em Inglaterra revelam o lado afetivo do internacional português e o carinho que adeptos e colegas de equipa tinham pelo jovem jogador, no Liverpool desde 2020.

António Ribeiro Cristóvão

Com o foco nas homenagens, nas mensagens que têm sido deixadas por adeptos, junto ao estádio em Liverpool, mas também por colegas de equipa que demonstram a proximidade que tinham com Diogo Jota. Para António Ribeiro Cristóvão esta demonstração de apreço por um jogador que nem sempre foi titular indiscutível revela o lado afetivo do internacional português.

"Era um jogador que era particularmente afetivo com os seus companheiros de equipa. Não extravasava esses sentimentos para o público e daí a verdade é que ele não dava grandes entrevistas para a televisão, para os jornais, para a rádio.
Não era muito mediático porque ele também se escapava um pouco a isso, mas de qualquer modo era um jogador que era tido particularmente em conta pelos seus companheiros de equipa, que o estimavam sobremaneira, exatamente por ele ser afetivo e também por não ser muito expansivo", lembra o comentador da SIC.

Os adeptos dos "Reds" criaram o cântico "Where's the number 20" para Diogo Jota, apesar de ser um jogador que nem sempre foi titular indiscutível, passou por algumas lesões, mas sempre foi decisivo para o Liverpool, onde jogava desde 2020.

Entre os colegas de equipa, Andy Robertson partilhou numa publicação nas redes sociais que Diogo Jota era o jogador estrangeiro com mais identidade britânica, irlandesa ou escocesa, a quem por vezes chamava Diogo McJota.

A dedicação e entrega do internacional português ao Liverpool ficou também patente no facto do clube ter decidido eternizar o número 20 numa das bancadas do estádio.

O jogador da seleção Diogo Jota, de 28 anos, e o irmão, de 25, morreram, esta quinta-feira, num acidente de carro na A52, em Cernadilla, Zamora, em Espanha. O internacional português foi um avançado capaz de jogar em várias posições do ataque e marcou 150 golos numa carreira sénior de futebolista que o elevou de Gondomar a Liverpool.

Os funerais de Diogo Jota e André Silva vão realizar-se no sábado, às 10:00, na Igreja Matriz de Gondomar. Marcelo Rebelo de Sousa vai marcar presença.

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