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Taxas norte-americanas podem reduzir prémios de Benfica e FC Porto no Mundial de Clubes

Esta situação pode afetar os clubes participantes, incluindo o Benfica e o FC Porto, que poderão receber menos dinheiro do que o anunciado se não for alcançado um acordo. A falta de isenção fiscal pode ter impacto no retorno financeiro dos clubes, na atratividade futura da competição e na preparação da época.

Rebecca Blackwell

SIC Notícias

A FIFA está em conversações para tentar garantir que os prémios do próximo Mundial de Clubes fiquem totalmente isentos de impostos, mas as negociações não são fáceis e ainda não há consenso com todos os estados norte-americanos.

A competição, que vai realizar-se nos Estados Unidos no próximo verão, promete oferecer prémios bastante atrativos para os clubes participantes, entre os quais estão o Benfica e o FC Porto.

No entanto, segundo o jornal britânico The Guardian, há o risco de parte desses prémios serem "engolidos" pelos impostos cobrados por alguns estados dos EUA.

A FIFA está a tentar evitar isso, procurando um acordo que permita que os clubes recebam os valores na totalidade, mas até agora ainda não conseguiu fechar entendimentos com todas as autoridades locais.

O que está em causa?

1. Menor valor líquido dos prémios

Se a FIFA não conseguir garantir a isenção total de impostos, os clubes participantes — incluindo o Benfica e o FC Porto — vão acabar por receber menos dinheiro do que o valor anunciado dos prémios. Parte desse montante ficaria retido pelas autoridades fiscais dos estados norte-americanos onde se jogarem os jogos. Ou seja, mesmo que os prémios sejam elevados, o valor real que os clubes levam para casa pode ser bastante inferior.

2. Menor retorno financeiro do investimento

Participar numa competição internacional como o Mundial de Clubes implica custos — deslocações, alojamento, logística, preparação, etc. Se os prémios forem reduzidos devido aos impostos, o retorno financeiro pode não compensar totalmente o investimento feito, principalmente para clubes portugueses, que operam com orçamentos mais limitados em comparação com clubes das grandes ligas.

3. Menor atratividade para o futuro

Caso o Mundial de Clubes não traga os ganhos esperados, isso pode reduzir o entusiasmo dos clubes portugueses em futuras participações, tanto ao nível da motivação como da gestão desportiva. A perspetiva de prémios milionários é sempre um incentivo, mas se esses valores forem fortemente taxados, o interesse pode diminuir.

4. Impacto na preparação da época

Tanto o Benfica como o FC Porto terão de ajustar a sua pré-época para participar neste torneio. Se o retorno financeiro for mais baixo, esse esforço pode parecer menos justificado, ainda que o prestígio internacional continue a ser um fator importante.

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