O primeiro-ministro recordou, esta segunda-feira, Pinto da Costa como "alguém que dedicou praticamente toda a vida a um trabalho de promoção do desporto, de promoção de uma coletividade, que é uma referência no país, na Europa e no mundo, ao nível de todas as modalidades e todos os escalões de formação, de promoção da prática desportiva e de promoção também da excelência".
Na chegada à Igreja das Antas, onde se realiza o funeral do ex-dirigente, Luís Montenegro disse que, nos dias de hoje, o FC Porto "é conhecido em todo o mundo por ser uma fábrica de campões e de valores desportivos", graças à liderança "muito forte e vincada" de Pinto da Costa.
"Foi um homem que se empenhou em valorizar a cidade do Porto, em valorizar a região Norte, com um bairrismo assinalável, muitas vezes vincando bem as suas posições. Significa que a sua personalidade era forte, não deixava ninguém indiferente. Era um homem culto, que aqui ou ali criava alguma fricção."
O primeiro-ministro diz que, independentemente das preferências clubísticas que a sociedade portuguesa possa ter, "a verdade é que, e uma forma geral, todos o respeitam, todos respeitam o seu desempenho e a sua caminhada. E hoje, em nome do Governo de Portugal, posso dizer que é com exemplos de personalidades como esta que nós podemos captar na nossa sociedade bons atletas, bons treinadores e bons dirigentes".
Questionado sobre a falta de posição institucional de Benfica e Sporting, Montenegro não respondeu diretamente, considerando apenas que "o sentimento generalizado é que independentemente das preferências clubísticas, o povo português aprecia quem dá muito de si em prol do que acredita".
Jorge Nuno Pinto da Costa, o presidente mais titulado do mundo e o que mais tempo esteve na liderança de um clube de futebol, morreu este sábado, vítima de cancro. O funeral realiza-se esta segunda-feira na cidade do Porto.