Depois de terem conquistado a América do Sul em nove dias, Artur Jorge e Botafogo vivem nesta altura um período de incerteza. O treinador português tem contrato até dezembro de 2025 com o clube carioca mas está a ser fortemente "assediado" pelos milhões do Médio Oriente e a sua continuidade no Brasil está em risco.
Na segunda-feira, o emblema do Rio de Janeiro emitiu um comunicado sobre o técnico luso, em resposta às notícias que dão conta de uma oferta do Al Rayyan, do Qatar, lembrando o contrato em vigor e o "generoso bónus" face às conquistas recentes.
Segundo o 'Globoesporte', em causa estão 17,1 milhões de reais (mais de 2,6 milhões de euros) a dividir entre Artur Jorge e a restante equipa técnica. O montante será pago pelo proprietário do clube 'alvinegro', John Textor, em apenas uma parcela, estando ainda previsto uma revisão no salário, que aumenta de automaticamente por ter alcançado os objetivos previstos.
Postura de representantes não agrada ao clube
De acordo com a mesma fonte, a postura dos representantes de Artur Jorge não agrada ao Botafogo, mas há a vontade de renovar o vínculo contratual e de aumentar a cláusula de rescisão, afastando assim o interesse externo. Textor quer conversar pessoalmente com treinador luso ainda este ano para resolver a situação.
No comunicado de segunda-feira, o clube brasileiro refere que "não deu consentimento a qualquer clube para conversar com o técnico de 52 anos, nem recebeu um pedido para tal".
Ao 'UOL Esporte', Hugo Cajuda, agente de Artur Jorge, desmentiu o Botafogo, garantindo que o emblema do Rio de Janeiro "sempre soube" das ofertas vindas de Qatar, México e da Europa.