Rúben Amorim despede-se amanhã de Alvalade no jogo com o Manchester City para a Liga dos Campeões. Na antevisão, o treinador do Sporting disse que tem noção que todos em Manchester vão estar atentos a este jogo.
Apontou o Manchester United como o único que o poderia tirar de Alvalade, ainda assim a viagem a Londres no fim da última época continuava por explicar, até agora.
"Fui conhecer o dono apenas e já tinha a minha decisão tomada, por isso não fui negociar nada. Fiquei porque resolvi ficar, porque o presidente me convenceu a ficar mais um ano. Se as pessoas pensam que eu já queria sair o ano passado ou não não posso fazer nada, nem me vou estar a desgastar outra vez com isso. Simplesmente aceitei este convite, já expliquei todas as razões. E a prova que foi o único que mexeu comigo foi o único que eu aceitei", começou por dizer o técnico de 39 anos.
Goodbye Amorim, o menino benfiquista que fez o Sporting campeão
E para lá segue viagem na próxima segunda-feira. Mas nesta terça-feira já quase dá uns toques no dérbi de Manchester. Muitos vão estar atentos ao treinador, que desvaloriza eventuais ilações precipitadas.
"Se o resultado for muito negativo as expectativas vão baixar e eu não acho que isso seja um mau ponto de partida quando começar no Man. United. Se nós ganharmos vão pensar que chegou o novo Ferguson, o que é muito difícil de manter. O que me interessa é ganhar o jogo, ter uma boa despedida em Alvalade, deixar os adeptos felizes, os meus jogadores felizes e confiantes para o que vem aí da época", acrescentou.
Depois do choque inicial, os jogadores leoninos já lidam melhor com esta despedida antecipada.
"Também foi difícil para mim ouvir que o Rúben ia embora, fiquei triste por ele deixar o clube e a mim claro mas no futebol estas oportunidades acontecem. A vida continua e agora queremos mostrar-lhe que já não precisamos mais dele", atirou o capitão de equipa Morten Hjulmand.
Risos e gargalhadas na conferência até de Rúben Amorim que ainda não se deixou invadir pelas emoções da despedida já anunciada.
"Ainda não tive tempo para sentir saudades, mas eu sei que vou ter muitas saudades de tudo. Do país, dos meus jogadores, do clube, mas teremos tempo para sentir isso. Vamos esperar pelo último jogo em Braga, acho que aí vai bater mais do que agora", rematou.
Antes disso do adeus, há um encontro com o Manchester City em Alvalade sem Gonçalo Inácio e com Eduardo Quaresma a 'meio gás'.