A grande surpresa de 2024 na Fórmula 1 teve apenas um responsável: Lewis Hamilton. No próximo ano, o heptacampeão mundial vai trocar a “sua” Mercedes de sempre para rumar à Ferrari e terá seguido o seu instinto na tomada dessa decisão.
Quase um mês depois da bomba no principal desporto motorizado, o piloto britânico explicou agora no podcast "Back at Base", da BBC, como tomou a decisão com bastante rapidez, que nem os seus pais estavam a par do sucedido.
"Não falei com ninguém. Só falei com os meus pais no dia do anúncio, ninguém estava a par. Segui o meu instinto. Afinal de contas, tinha de descobrir o que seria melhor para mim", começou por dizer.
Hamilton revelou que uma conversa com o amigo Frédéric Vasseur, chefe de equipa da Ferrari, terá sido decisiva para a mudança da equipa de Maranello.
"Tenho uma ótima relação com o Fred. Corri com ele na Fórmula 2 e Fórmula 3, onde construímos uma grande amizade. Sempre mantivemos o contacto, e sabia que ele seria um grande líder numa equipa de Fórmula 1. Vê-lo na Alfa Romeo-Sauber [atual Stake F1 Team] foi incrível, e quando assumiu o controlo na Ferrari, fiquei muito feliz. Acredito que sem ele, a minha mudança não teria acontecido", rematou.
A “bomba”
No início de fevereiro, o mundo do automobilismo mundial acordou com a notícia de que o heptacampeão mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton, iria deixar a Mercedes para se tornar piloto da Ferrari a partir da temporada de 2025.
No final da tarde, veio a concretizar-se o que inicialmente pensava-se ser um boato. Primeiro surgiu o anúncio da Mercedes de que o piloto de 39 anos abandonaria a equipa ao fim de 12 temporadas e seis títulos conquistados (somados ao que trazia da McLaren Mercedes, em 2008), logo seguido da confirmação, nas redes sociais, pela Ferrari, de que Itália seria o destino.
Hamilton chegou à Fórmula 1 em 2007, para representar a McLaren, então equipada com motores Mercedes, e acabou por vencer o primeiro campeonato em 2008.
Em 2013 juntou-se à equipa da Mercedes - AMG F1, substituindo Michael Schumacher, tendo vencido os campeonatos mundiais de 2014, 2015, 2017, 2018, 2019 e 2020, igualando o recorde de sete coroas conquistadas pelo alemão.
Em 2021, a senda de vitórias na maior competição de automobilismo foi travada pelo neerlandês Max Verstappen, da Red Bull, que veio colocar um ponto final no reinado de sete anos da Mercedes.