Foi a 14 de fevereiro de 2013, Dia dos Namorados, que Oscar Pistorius matou a namorada, Reeva Steenkamp. Até então era o herói da África do Sul, um exemplo de superação e uma inspiração para tantos. De um dia para o outro, tornou-se um assassino.
Oscar Pistorius ganhou seis medalhas nos Jogos Paralímpicos e, poucos meses antes do crime, fez história ao tornar-se no primeiro atleta amputado das duas pernas a correr com atletas sem deficiência, nos Jogos Olímpicos de Londres.
Do pódio à cadeia passaram poucos meses
O então atleta paralímpico matou a namorada, de 29 anos, com quatro tiros disparados através da porta da casa de banho da casa onde viviam juntos. Namoravam há quatro meses.
Pistorius disse sempre que achava que a casa estava a ser assaltada e que disparou contra quem acreditava ser um intruso. Mas naquela noite, os vizinhos do condomínio chamaram a polícia depois de ouvirem gritos de uma discussão acesa.
Acredita-se que Reeva se barricou na casa de banho.
Oscar Pistorius tinha armas de fogo em casa, dormia com uma pistola ao lado da cama e uma metralhadora junto à janela.
Foi detido no próprio dia, 14 de fevereiro de 2013, e acusado de homicídio premeditado da namorada.
As várias condenações
O caso foi-se arrastando na justiça por anos, com várias condenações. Em 2014, na primeira, Pistorius foi condenado a cinco anos de prisão por homicídio involuntário. No final de 2015, o Tribunal Superior decretou homicídio doloso.
Em 2016, nova pena: seis anos, mas de novo muito abaixo do que pedia o Ministério Público.
Até que em 2017 o Supremo Tribunal da África do Sul quase duplicou os anos de prisão aplicados a Pistorius. Aumentou para 13 anos e cinco meses e ainda considerou a pena anterior demasiado branda.
Oscar Pistorius esteve num programa de reabilitação nos últimos anos, que incluía reuniões com familiares da vítima.
À segunda tentativa de sair em liberdade condicional, o Departamento de Serviços Correcionais da África do Sul decidiu que o ex-atleta vai cumprir o resto da pena fora das grades da prisão.