Um juiz federal pediu o arquivamento da queixa de Kathryn Mayorga contra Cristiano Ronaldo. O magistrado recomenda este desfecho devido à alegada utilização de documentos roubados ou de fugas de informação.
Um juiz federal do estado do Nevada, nos Estados Unidos, deu razão aos advogados de Ronaldo e pediu o arquivamento da queixa de Mayorga, que o acusa de violação num hotel em Las Vegas, em 2009.
Informação abrangida pelo sigilo profissional
O juiz considera que o advogado da ex-modelo utilizou documentos roubados e que vieram a público depois de fugas de informação, e que contêm informação trocada entre Ronaldo e os seus advogados, informação essa que está abrangida pelo sigilo profissional e que foi publicada pelo portal Football Leaks.
Num relatório de 23 páginas, o magistrado acusa o advogado de Mayorga de ter uma conduta inapropriada e de agir de má fé, considerando o arquivamento como a única forma de garantir a integridade do processo.
O juiz refere ainda que o tribunal não tomou qualquer decisão sobre se Ronaldo cometeu um crime e diz que não encontrou evidências de que os advogados tivessem intimidado Mayorga quando a ex-modelo retirou as acusações e aceitou o acordo de confidencialidade, que incluía o pagamento de 375 mil dólares, em agosto de 2010.
Este juiz, Daniel Albregts, recomenda que a juíza Jennifer Dorsey rejeite também a alegação do advogado de que Mayorga tinha dificuldades de aprendizagem em criança e que não tinha capacidade mental para assinar o acordo.
Os advogados de Ronaldo admitem que o jogador e a ex-modelo tiveram relações sexuais, mas dizem ter sido consensuais.