05 de abril
O Sporting perde por 2-0 com o Atlético de Madrid, na primeira mão dos quartos de final da Liga Europa, e o presidente do clube, Bruno de Carvalho, que não se deslocou a Madrid, utiliza o Facebook para criticar os jogadores.
06 de abril:
A maioria dos jogadores divulga nas redes sociais um comunicado conjunto no qual mostra desagrado pelas críticas do presidente e lamenta a falta de apoio da direção. Bruno de Carvalho anuncia a suspensão dos jogadores que subscreveram o comunicado.
08 de abril:
O presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting (MAG), Jaime Marta Soares, considera "esgotadas as hipóteses de manutenção" de Bruno de Carvalho.
11 de abril:
A direção do Sporting retira os processos disciplinares que tinham sido levantados aos futebolistas do plantel.
13 de maio:
O Sporting é derrotado por 2-1 no estádio do Marítimo, na última jornada da I liga, e perde o segundo lugar para o Benfica e a possibilidade de disputar a Liga dos Campeões. Os jogadores são insultados à saída do Estádio dos Barreiros, no aeroporto do Funchal, e já à chegada da comitiva ao estádio José Alvalade, em Lisboa.
15 de maio:
Durante o primeiro treino da equipa de futebol após a derrota na Madeira, cerca de 40 adeptos "leoninos" encapuzados invadem a Academia de Alcochete e agridem vários jogadores, bem como então treinador, Jorge Jesus, e outros membros da equipa técnica.
16 de maio:
A GNR efetua 23 detenções e apreende cinco viaturas na sequência da invasão à Academia do clube. Os futebolistas do Sporting reúnem-se com o sindicato dos jogadores e anunciam que vão disputar a final da Taça de Portugal, independentemente das medidas legais a tomar por cada um após as agressões de que foram alvo na Academia.
17 de maio:
A MAG anuncia a demissão em bloco, o mesmo acontecendo com o presidente e vários membros do Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD), que deixa de ter quórum. Jaime Marta Soares e Álvaro Sobrinho, presidente da Holdimo, grupo empresarial detentor de 30% das ações da SAD, apelam à demissão de Bruno de Carvalho.
19 de maio:
Bruno de Carvalho afirma que o "ato bárbaro" que aconteceu na Academia de Alcochete foi "involuntariamente" criado pelos próprios jogadores, quando dias antes fizeram "frente" a alguns membros das claques, e anuncia que não vai assistir à final da Taça de Portugal, por considerar que não estão reunidas as condições necessárias. Um dos líderes da Juventude Leonina, Nuno Mendes "Mustafá", garante que não houve qualquer pedido, sugestão ou sequer aval de Bruno de Carvalho à claque para qualquer ação contra os futebolistas do Sporting.
21 de maio:
O juiz de instrução criminal do Tribunal do Barreiro decreta prisão preventiva para os 23 detidos na sequência das agressões na Academia, e o Sporting anuncia que reforçará as medidas de segurança em Alcochete e no Estádio José Alvalade, em Lisboa.
24 de maio:
O então diretor clínico do Sporting, Frederico Varandas, anuncia a demissão e mostra-se disponível para se apresentar como futura solução diretiva. O presidente demissionário da MAG agenda uma AG de destituição dos órgãos sociais para 23 de junho, e é designada uma Comissão de Fiscalização (CF) para exercer transitoriamente as funções que cabem ao Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD), que perdeu quórum.
01 de junho:
O Conselho Diretivo anuncia a substituição da MAG e respetivo presidente através da criação de uma Comissão Transitória (CT) da MAG. Marta Soares esclarece que não apresentou, formalmente, a demissão do cargo. A Holdimo, segunda maior acionista da SAD, faz saber que entregou em tribunal uma ação especial para destituir a administração liderada por Bruno de Carvalho. Os futebolistas Rui Patrício e Daniel Podence rescindem contrato unilateralmente, alegando justa causa.
05 de junho:
O treinador Jorge Jesus, que tinha mais um ano de vínculo com o Sporting, assina um contrato de um ano, mais outro de opção, com os campeões sauditas do Al Hilal, na véspera de o Sporting confirmar a rescisão por mútuo acordo.
06 de junho:
Quatro pessoas, entre as quais o ex-líder de claque Juventude Leonina Fernando Mendes, são detidas por suspeitas de comparticipação na invasão e agressões aos jogadores e equipa técnica. Também ficam em prisão preventiva.
11 de junho:
Os futebolistas Gelson Martins, William Carvalho, Bas Dost e Bruno Fernandes rescindem os contratos, alegando justa causa.
13 de junho:
A Comissão de Fiscalização designada pela MAG anuncia a suspensão preventiva dos membros do CD, que têm 10 dias úteis para o contraditório e estão impedidos de entrarem nas instalações do clube. A suspensão não tem efeito sobre a presidência da SAD. Na base da decisão está uma participação disciplinar subscrita por 21 associados e entregue em 04 de junho.
14 de junho:
Os futebolistas Rúben Ribeiro, Battaglia e Rafael Leão apresentam pedidos de rescisão de contrato, aumentando para nove o número de jogadores que saem do clube. O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa considera ilegal a Comissão Transitória da MAG, nomeada pela direção, bem como as reuniões magnas por esta marcadas para 17 de junho e 21 de julho. Bruno de Carvalho reafirma que não se demite, considera que a AG de destituição marcada para 23 de junho está "ferida de legalidade", mas assegura que vai garantir os meios para a sua realização.
16 de junho:
O presidente demissionário da MAG designa uma Comissão de Gestão (CG) para substituir o CD suspenso. Com 11 elementos e presidida por Artur Torres Pereira, que até 2017 foi vice-presidente de Bruno de Carvalho, a comissão integra, entre outros, José Sousa Cintra, antigo presidente "leonino".
18 de junho:
O guarda-redes Rui Patrício assina contrato com o Wolverhampton, por quatro anos. Bruno de Carvalho fecha contrato, por três épocas, com o treinador de futebol sérvio Sinisa Mihajlovic, cinco dias antes de enfrentar uma AG para a sua destituição.
23 de junho:
A destituição de Bruno de Carvalho é aprovada em Assembleia Geral com 71,36% dos votos e recebeu 28,64% de votos contra, e são marcadas eleições para 08 de setembro. O ex-presidente diz-se vítima de "golpada" e promete deixar de ser sócio.
24 de junho:
Frederico Varandas, ex-diretor clínico do Sporting, anuncia que vai candidatar-se à presidência do clube. Sousa Cintra é nomeado pela CG para substituir temporariamente Bruno de Carvalho na presidência da SAD. Bruno de Carvalho ameaça impugnar AG e diz que quer ir a eleições.
27 de junho:
Sousa Cintra anuncia a saída do treinador Sinisa Mihajlovic, que não chega a orientar a equipa. O empresário Fernando Tavares Pereira revela que vai candidatar-se à presidência do Sporting.
01 de julho:
José Peseiro é nomeado treinador do Sporting, com contrato válido por um ano.
07 de julho:
Bruno de Carvalho apresenta candidatura à presidência do Sporting, juntando-se a Frederico Varandas, Madeira Rodrigues e Dias Ferreira, quer já tinham anunciado intenção de ir a eleições.
09 de julho:
Nove pessoas são detidas por suspeitas de participação no ataque às Academia de Alcochete e também ficam em prisão preventiva, aumentado para 36 o número de arguidos neste processo.
10 de julho:
Futebolista Bruno Fernandes recua depois de rescindir e permanece no Sporting com novo contrato, válido até 2023.
12 de julho
Carlos Vieira, vice-presidente do Sporting na gestão de Bruno de Carvalho, assume a candidatura à presidência.
13 de julho:
William Carvalho, um dos nove jogadores que rescindiram com o Sporting após os incidentes na Academia, assina contrato com o Betis de Sevilha.
18 de julho:
João Benedito, antigo guarda-redes de futsal do Sporting, também apresenta candidatura.
21 de julho:
O avançado holandês Bas Dost volta atrás na decisão de rescindir a assina novo contrato por três anos.
25 de julho:
Gelson Martins, um dos nove jogadores que rescindiram com o Sporting após os incidentes na Academia, assina contrato por seis anos com o Atlético de Madrid.
28 de julho:
O argentino Rodrigo Battaglia, que tinha rescindido, decide permanecer no Sporting e assina novo contrato por cinco anos.
29 de julho:
O antigo banqueiro José Maria Ricciardi anuncia candidatura à presidência do clube.
02 de agosto:
Bruno de Carvalho e Carlos Vieira são suspensos de sócios do Sporting por um ano e ficam impedido de se candidatar às eleições, mas o ex-presidente insiste em entregar candidatura.
03 de agosto:
O advogado Rui Jorge Rego candidata-se às eleições do Sporting.
08 de agosto:
O avançado Rafael Leão, que rescindiu contrato na sequência do ataque à Academia, assina com o Lille, por cinco temporadas.
10 de agosto:
A candidatura de Bruno de Carvalho é rejeitada pela Mesa da Assembleia Geral, ficando na corrida as listas de Frederico Varandas, José Maria Ricciardi, Pedro Madeira Rodrigues, João Benedito, Eugénio Dias Ferreira, Fernando Tavares Pereira e Rui Jorge Rego.
20 de agosto:
Comissão de Gestão acusa Bruno de Carvalho de "tentativa de fraude", ao ter alegadamente pressionado bancos para impedir a movimentação de contas pelos atuais gestores.
25 de agosto:
O treinador Sinisa Mihajlovic avançou com uma queixa contra o Sporting no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) de Lausana, Suíça, por despedimento sem justa causa, e exige uma indemnização de 11 milhões de euros.
04 de setembro:
Pedro Madeira Rodrigues abdicou da corrida à presidência do Sporting para ocupar um lugar de vice-presidente na lista encabeçada por José Maria Ricciardi.
08 de setembro:
Frederico Varandas foi eleito o 43.º presidente do Sporting, com, 42,3% dos votos.
09 de outubro:
GNR deteve mais duas pessoas no âmbito do processo sobre o ataque a jogadores e equipa técnica na Academia de Alcochete, entre eles o oficial de ligação do clube às claques, Bruno Jacinto. O número de arguidos sobe a 38, todos em prisão preventiva.
11 de outubro:
Bruno de Carvalho apresentou-se voluntariamente no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e disponibilizou-se para prestar declarações no âmbito do inquérito ao ataque à Academia de Alcochete, na sequência de notícias que davam conta do seu alegado envolvimento nesta ação, mas não foi ouvido.
11 de novembro:
Bruno de Carvalho e um dos líderes da claque Juventude Leonina, Nuno Mendes, conhecido por Mustafá, foram detidos no âmbito da investigação sobre o ataque à academia do clube.
12 de novembro:
Bruno de Carvalho e Mustafá continuam detidos e fonte do Ministério Público indica que serão presentes a um juiz de instrução criminal no dia 13.
Lusa