De acordo com McLaren, as trocas de correspondência eletrónica entre altos responsáveis russos, datadas de 2015, deixam a entender que as amostras de urina positivas terão sido substituídas por outras "limpas" de substâncias dopantes.
"Isso leva-nos a supor que existia um banco de amostras conformes (...) e que esse banco foi utilizado por futebolistas", sustentou o jurista, em entrevista emitida na quarta-feira pelo canal televisivo alemão ARD.
Segundo McLaren, todos os inícios apontam para a existência de "um sistema diferente para o futebol" russo, mas utilizado em paralelo com o de outras modalidades, que foi denunciado no relatório pedido pela Agência Mundial Antidopagem (AMA).
O canadiano revelou que a AMA tem na sua posse 155 amostras de futebolistas russos ainda à espera de serem analisados e que a FIFA, o organismo regulador do futebol mundial -- que não respondeu às perguntas formuladas pela ARD - foi informada.
Na sequência da descoberta de um sistema de distribuição de doping em larga escala com conhecimento e apoio estatal, que abrangeu, entre outros eventos, os Jogos Olímpicos Londres2012 e Socchi2014 (Inverno), os atletas russos foram impedidos de participarem nos Jogos Rio2016.
Lusa