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Vladimir Putin admite "doping" na Rússia, mas nega conivência estatal

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu esta sexta-feira a existência de problemas de doping no país, mas negou de forma veemente existir um sistema estatal para apoiar essa prática ilícita.

© Sergei Karpukhin / Reuters

"No nosso país, como em qualquer outro, temos problemas com isso, devemos admiti-lo e fazer tudo para impedir a dopagem", sublinhou o governante russo na habitual conferência de imprensa anual.

Putin quis deixar claro que "a Rússia nunca criou um sistema estatal de dopagem ou de apoio à dopagem" e que as autoridades fazem tudo para que "jamais exista", sublinhando a necessidade de uma colaboração estreita com a agência mundial antidopagem (AMA) e outros organismos internacionais.

"Confio nas mudanças que têm lugar (na Rússia), não só das pessoas, mas nas estruturas, que nos ajudarão a cumprir com esses objetivos", acrescentou o presidente russo.

O Comité Olímpico Internacional (COI) prolongou as sanções contra a Rússia, após a publicação da primeira parte do relatório McLaren, solicitado pela AMA, o qual denunciou a existência de um esquema organizado de doping com a colaboração estatal.

Um escândalo que levou a Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF) a proibir a participação do atletismo russo nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no verão.

Já hoje o COI revelou a abertura de processos disciplinares a 28 atletas russos suspeitos de recurso ao "doping" nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi, na Rússia.

"O COI abriu os processos disciplinares a 28 atletas, em relação aos quais há evidência de manipulação de uma ou mais amostras de urina, que foram coletadas durante os Jogos Olímpicos de inverno Sochi2014", refere o comunicado do organismo olímpico.

Lusa

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