Desporto

Mourinho nega ter acabado com hegemonia do "Barça" e critica imprensa de Madrid

José Mourinho refutou, ontem, a ideia de que a vitória do Real Madrid sobre o FC Barcelona na final da Taça do Rei em futebol signifique o fim da hegemonia catalã e foi cáustico para a imprensa madrilena.

"Não acabámos com a hegemonia de ninguém. É uma grande equipa, fantástica, que já ganhou muito e que vai ganhar mais, mas não é campeã da Europa, nem do mundo, mas apenas campeã de Espanha, estando muito perto de voltar a sê-lo", disse o treinador português, na conferência de imprensa do lançamento do encontro de sábado, com o Valência, da 33. jornada da Liga espanhola.



José Mourinho considerou que "não é por perder uma final que o FC Barcelona passou a ser uma má equipa" e lançou uma primeira "bicada" na imprensa de Madrid, que é "fantástica a tentar destruir pessoas e equipas e fantástica para elogiar logo a seguir".



O treinador do Real Madrid faz mesmo uma comparação entre si e a imprensa da capital: "Sou o contrário, sou equilibrado nos momentos negativos e nos momentos positivos, sabendo a qualidade que tenho e a necessidade de manter a tranquilidade e seguir em frente".



"A mim não me matam porque eu sou todo equilíbrio e quero que a minha equipa seja assim. Ganhámos uma Taça histórica e belíssima, contra um adversário que lhe dá mais valor",
disse Mourinho, preocupado com o "momento delicado" em que vai defrontar o Valência, depois do "desgaste e das baixas" subsequentes ao embate com o FC Barcelona.



Prevê um jogo "complicado", face a um adversário que se apresta a "ganhar o campeonato" que se joga fora de Madrid e Barcelona, "bem trabalhada, organizada e com jogadores de qualidade", ainda por cima "muito forte a jogar em casa e sabendo das debilidades do Real Madrid por causa das lesões (Di Maria, Khedira e Adebayor não defrontam o Valência) e do cansaço".



Voltou a "virar a agulha" para a imprensa desportiva da capital espanhola: "Quero continuar a trabalhar com a tranquilidade que muitos de vós não gostam que eu tenha. Preferem o estrondo da grande vitória e dos momentos negativos".



"Eu sou equilibrado. Faço o meu trabalho e na próxima época estarei aqui para trabalhar e tentar melhorar sempre. Normalmente, as minhas equipas são melhores na segunda época e por isso quero estar aqui com a convicção de que vamos ser os melhores", rematou o treinador português.



Lusa
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