O filme "Frankenstein", de Guillermo del Toro, foi apresentado no Festival de Cinema de Veneza, no fim de semana.
A estreia mundial da obra foi marcada por uma ovação de pé que durou 13 minutos. A reação entusiástica da plateia teve lugar após a primeira exibição do filme, com o cineasta mexicano presente na sala. Também o elenco marcou presença, num dos momentos mais marcantes desta edição do festival.
A longa-metragem está a concorrer ao prémio Leão de Ouro e é um dos 21 filmes em competição. O galardão será entregue no próximo sábado, último dia do festival.
Desde que Mary Shelley escreveu o clássico literário, há mais de 200 anos, centenas de filmes, séries e bandas desenhadas recriaram a figura de Frankenstein sob diferentes formas.
Nesta nova adaptação, Oscar Isaac assume o papel de Victor Frankenstein. Sem cabeças achatadas nem parafusos no pescoço, nasce uma figura triste e sensível.
"Acho que o filme levanta a questão: como se vive com o coração partido? E o que se faz com um coração partido? Muitas vezes, a crueldade nasce de corações partidos. Pode parecer banal, mas tudo o que acontece vem desse lugar – de tentar controlar as consequências de um coração completamente destruído", disse o ator Oscar Isaac.
"Muitas das interpretações visuais da criatura parecem quase vítimas de acidentes. E eu queria beleza. Mas também disse: nada de pontos. Não quero isso. O Victor é um artista, e se andou a sonhar com isto durante 20 anos, ele faria algo perfeito e belo", explicou o realizador, Guillermo del Toro.
Jacob Elordi surge irreconhecível no papel da criatura monstruosa.
A história acompanha um cientista brilhante que desafia os limites da ciência ao criar uma criatura viva a partir de partes de cadáveres. O filme aborda temas como a rejeição, a solidão e a responsabilidade ética.
Frankenstein ficará disponível na Netflix em Novembro.