As palavras de Paulo de Carvalho em "Flor sem Tempo" soavam liberdade e esperança num tempo conturbado do pré-25 de Abril. Composto por José Sottomayor e José Niza em 1971, mais de 50 anos depois tornou-se num dos êxitos do músico.
"É uma questão de respeito por quem tem gostado de mim ao longo destes 62 anos, não podia fazer um espectáculo sem cantar músicas que as pessoas gostam de ouvir, mas não vivo ali, não vivo do passado, há músicas novas, um disco novo que se chama 2020", partilhou o músico com a SIC.
"Terra Mãe" é um dos temas do mais recente álbum de Paulo de Carvalho. Junta-se aos quase 30 trabalhos editados ao longo dos mais de 60 anos de carreira, que têm atravessado diferentes realidades e várias gerações.
"Ao fim deste tempo todo como é que se cantam aquelas músicas sem que nós nos chateemos de as cantar, (…) são muitos anos…, eu não tenho 25 anos, não sou a mesma pessoa"
“Houve quem dissesse: os concertos de despedida, vai deixar de cantar... não vou nada... isto chama-se ”E depois do adeus", mas tem um ponto de interrogação à frente, o que quer dizer: o que é que eu vou fazer do e depois de adeus. Não sou daquele tipo de artista, eu quero morrer em cima do palco, mas vou continuar a fazer música", promete o músico.