Cultura

Billie Eilish, Bon Jovi, Pearl Jam e mais 200 artistas pedem que IA respeite os seus direitos

Os criadores musicais falam em ameaças como a clonagem de voz, já que a chegada da IA permite que uma amostra vocal seja utilizada para transformar músicas em outras que soem como um artista humano sem o ser.

Billie Eilish
Gilbert Flores/Golden Globes 202

SIC Notícias

Lusa

Billie Eilish, Jon Bon Jovi, Pearl Jam e outros 200 artistas ou bandas instaram esta terça-feira, em carta aberta, os criadores de Inteligência Artificial (IA) a não utilizarem esta ferramenta para "infringir e desvalorizar os direitos dos artistas humanos".

A Artist Rights Alliance (ARA), organização sem fins lucrativos dirigida por artistas para defender os seus direitos, divulgou a carta com o apoio de nomes conhecidos do setor, para alertar sobre o uso de obras musicais sem autorização por parte de empresas de IA.

"Apelamos a todas as plataformas de música digital e serviços baseados em música para que se comprometam a não desenvolver ou implantar tecnologia, conteúdo ou ferramentas de geração musical de IA que prejudiquem ou substituam a arte humana de compositores e artistas ou nos neguem uma compensação justa pelo nosso trabalho", exigiram os artistas na carta.

O apelo destaca duas tendências em que as músicas são utilizadas de forma ilícita: para treinar e produzir 'imitadores' de IA e para diluir obrigações de 'royalties' utilizando o som desses algoritmos.

Os criadores musicais também falam em ameaças como a clonagem de voz, já que a chegada da IA permite que uma amostra vocal seja utilizada para transformar músicas em outras que soem como um artista humano sem o ser.

"O uso antiético de IA generativa para substituir artistas humanos desvalorizará todo o ecossistema musical, tanto para artistas quanto para fãs", sublinhou Jen Jacobsen, CEO da ARA, em comunicado.

Sam Smith, HYBE, Norah Jones, REM, Nicki Minaj, Katy Perry, Camila Cabelo, Chuck D e Kate Hudson estão entre os outros signatários da carta.

Já em outubro de 2023, três grandes editoras musicais - Universal Music Publishing Group, Concord Music Group e ABKCO - processaram a empresa de IA Anthropic, alegando que ela infringia os direitos de autor das letras das músicas, conforme detalhado pelo portal The Hollywood Reporter.

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