Cultura

Salman Rushdie e o Prémio da Paz: "Estamos a falar de paz enquanto a guerra acontece, não muito longe daqui"

O escritor Salman Rushdie condenou a guerra Israel-Hamas e apelou à paz, depois de receber o Prémio da Paz, atribuído na Feira do Livro de Frankfurt. O escritor, que é perseguido há mais de 30 anos e alvo de um ataque no ano passado, defendeu ainda a liberdade de expressão.

Mariana Xavier

Margarida Martins

O Comércio Livreiro Alemão decidiu atribuir o Prémio da Paz a Salman Rushdie pelo trabalho literário e pela determinação face ao perigo constante.

No discurso de agradecimento, o escritor Rushdie dedicou apelou à paz e condenou a guerra Israel- Hamas e o conflito na Ucrânia. O escrito defendeu ainda a liberdade de expressão e o discurso contra o ódio.

Salman Rushie foi alvo de um ataque a 12 de agosto de 2022, num festival literário nos Estados Unidos. O escritor foi esfaqueado, ficando cego de um olho.
O ataque aconteceu depois de Salman Rushdie ter sido perseguido durante mais de 30 anos pelo Irão, por publicar a obra "Os Versículos Satânicos".

O aiatolá Ruhollah Khomeini do Irão condenou passagens referentes ao profeta Maomé no romance de 1988. Khomeini emitiu um decreto no ano seguinte apelando à morte de Rushdie, forçando o autor a esconder-se.

Salman Rushdie diz quer "responder à violência com arte" através de um novo livro, que será publicado no próximo ano, onde fala sobre a experiência do ataque que viveu no ano passado.

Últimas