A escritora Lídia Jorge disse ter ficado surpreendida e emocionada ao saber que era a vencedora do Prémio Eduardo Lourenço 2023, anunciado, esta sexta-feira, pelo Centro de Estudos Ibéricos.
"Estou muito feliz. É um prémio carregado de uma emoção muito diferente do que tem acontecido. É um prémio afetivo", salientou à agência Lusa a escritora lembrando que foi muito próxima de Eduardo Lourenço.
"Mantenho a imagem dele muito viva, e a obra, a que conheço, não toda porque ela é imensa. Sempre estive por dentro da obra dele e daquilo que acontece em torno dele. E de repente entro para dentro da galáxia dele de uma outra forma. Dá-me uma alegria indescritível", confessou.
A escritora disse que "a interpretação do mundo foi sempre a base do diálogo" com Eduardo Lourenço.
"O mundo em que estamos a viver, para que serve e para onde vamos. Esse foi sempre o sentido do nosso encontro permanente".
Lídia Jorge considera o Prémio Eduardo Lourenço "muito sólido" sobretudo pelas instituições e pelas pessoas que intervêm, "que são de grande craveira cultural e intelectual".
Sobre as nomeações aos prémios Medicis e Femina 2023, Lídia Jorge reconhece que "é muito bom" ficar numa lista para esse tipo de prémios.
"Ser nomeada já é muito bom. Depois tenho a esperança de quem sempre acreditou nos milagres. O grande milagre já aconteceu que foi ter escrito livros e que as pessoas dizerem que valeu a pena", realçou.