O realizador de cinema, Woody Allen, deu uma entrevista ao jornal espanhol El Mundo na qual comentou o polémico beijo que aconteceu na final do Mundial feminino de futebol, prova em que Espanha se sagrou campeã pela primeira vez.
Woody Allen saiu em defesa de Luis Rubiales afirmando que o presidente suspenso não deveria perder o trabalho após o caso polémico.
"É difícil compreender que uma pessoa possa perder o seu emprego e ser penalizada desta forma por beijar alguém. Se foi inapropriado ou demasiado agressivo, deveria ser-lhe dito claramente para não o fazer e para pedir desculpa. Não é que ele tenha assassinado alguém. Mas foi suspenso do cargo e pode perder tudo", afirmou.
O realizador diz também que “não se esconderam nem a beijou num beco escuro. Não a estava a violar, era apenas um beijo e ela era uma amiga. O que é que isso tem de mal?”
Palavras que não caíram bem para os vários críticos, que no Festival de Veneza vaiaram o cineasta de 87 anos.
Woody Allen foi ao evento para apresentar o filme “Golpe de Sorte” na 80ª edição do festival e vários manifestantes criticaram a atitude do festival em ter dado um lugar de prestígio ao realizador e mostraram-no quando este chegou à passadeira vermelha, em que os aplausos foram ofuscados pelas críticas e palavras de ordem como “abusadores” que eram dirigidas ao cineasta.
Woody Allen foi acusado de ter agredido sexualmente a filha adotiva Dylan Farrow. O realizador nega que tal tenha acontecido, no entanto o filho de Woody Allen, Ronan Farrow, veio afirmar a veracidade da acusação. O caso foi investigado, mas nunca se chegou a provar nada.