O filme "Oppenheimer" de Christopher Nolan estreou, nesta quinta-feira, nas salas de cinema nacionais. A história da criação da primeira bomba-atómica tornou-se uma das películas mais esperadas do ano, mas acabou por ter o lançamento afetado pela greve dos atores e argumentistas.
Em 1939, depois de se saber que cientistas na Alemanha nazi conseguiram dominar o processo de Fissão nuclear de divisão de um núcleo atómico pesado, estava aberta a corrida da construção da primeira bomba nuclear. Um processo que ficaria ligado para sempre a um homem, Julius Robert Oppenheimer.
Considerado o pai da bomba atómica, o físico norte-americano foi o diretor do Laboratório de Los Alamos e do Projeto Manhattan, concebido com o objetivo de criar a primeira bomba atómica, antes dos cientistas Nazis.
Um empreendimento gigantesco, altamente secreto que envolveu cerca de 130 mil pessoas e custou cerca de 2 mil milhões de dólares enquanto decorria a Segunda Guerra Mundial.
Uma história que cativou desde cedo o realizador, produtor e argumentista britânico Christopher Nolan e o elenco imponente do filme Oppenheimer, protagonizado por Ciliian Murphy e alguns dos atores mais reconhecidos do momento como Robert Downey Jr, Emily Blunt e Matt Damon.
O filme tem despertado a curiosidade do público e da indústria cinematográfica, desde o início da rodagem em fevereiro de 2022. Mais de um ano depois, a poucos dias da estreia, uma das longas-metragens mais antecipadas dos últimos anos, chega aos cinemas numa altura em que o setor enfrenta um dos maiores desafios das últimas décadas.
Pela primeira vez em mais de 60 anos, os atores e os argumentistas sindicalizados nos Estados Unidos juntaram-se numa greve por melhores condições de trabalho e por uma atualização salarial numa era marcada pelos serviços de streaming e pela inteligência artificial.
Uma paralisação que ficou evidente na cerimónia de lançamento de Oppenheimer, em Londres, onde toda a equipa abandonou a anteestreia antes do filme ser exibido, porque os sindicatos não chegaram a acordo com os estúdios e a greve confirmou-se e já afetou outras apresentações promocionais de séries e filmes, que foram, entretanto, canceladas, até se resolver o impasse, que está a deixar o futuro da indústria em suspenso.