Cultura

Met Gala 2023: Karl Lagerfeld, gato Jared Leto e barata na passadeira vermelha

Alguns dos momentos mais insólitos ou divertidos do Met Gala em Nova Iorque, onde este ano as estrelas mundiais da moda, showbiz, desporto e política homenagearam, com luxo e extravagância, o génio da moda Karl Lagerfeld, que morreu em 2019.

ANDREW KELLY

SIC Notícias

Em Los Angeles há os Óscares e em Nova Iorque há o Met Gala, o evento de recolha de fundos para o Metropolitan Museum of Art's Costume Institute mais exclusivo do planeta. As estrelas mundiais da moda, desporto, política homenagearam este ano o costureiro Karl Lagerfeld, que morreu em 2019, aos 85 anos. E nem a sua gata "Choupette" faltou ao evento.

Num vestido Valentino branco, a superestrela pop Rihanna foi a última a chegar, como habitualmente, à escadaria do Metropolitan Museum of Art, que se situa na mítica 5.ª Avenida em Manhattan.

Foi precedida pela campeã de ténis Serena Williams e pela modelo Karlie Kloss e uma curiosidade junta as três estrelas, estão grávidas. A gravidez de Williams e Kloss foi tornada pública nessa mesma noite de segunda-feira.

Rihanna apenas disse aos repórteres presentar “sentir-se bem”, enquanto o seu companheiro, o rapper ASAP Rocky disse que estava "feliz por ser pai".

O Met Gala, que acontece anualmente desde 1948 na primeira segunda-feira de maio, destina-se a financiar o departamento de moda do museu, The Costume Institute, cuja exposição deste ano, a partir de 5 de maio, homenageia o costureiro de rabo de cavalo e óculos escuros, inseparável da casa Chanel.

O evento filantrópico esteve durante muito tempo reservado à alta sociedade de Nova Iorque, mas a editora-chefe da Vogue Anna Wintour assumiu em 1995 transformá-lo num evento de ilustres das mais variadas áreas e adaptado à era das redes sociais.

Mesmo sendo convidado, é preciso pagar entrada: 50.000 dólares por um lugar no jantar, cerca de 45 mil euros.

Quem não pagou a entrada nem era desejada foi esta barata que provocou gritos e risos na passadeira estendida na entrada do Metropolitan Museum.

Jared Leto fez uma homenagem à gata herdeira de Karl Lagerfeld

Quando morreu, o estilista francês deixou uma herança milionária. Entre os herdeiros está a sua gata, “Choupette”.

Numa entrevista em abril de 2018, Lagerfeld falou sobre quem iria herdar a fortuna, avaliada na altura em mais de 170 milhões de euros. O estilista confirmou que “Choupette” seria uma das herdeiras, entre outras pessoas.

“Não se preocupem, é suficiente para toda a gente”, garantiu na altura.

Um enorme gato branco e de olhos azuis subiu os degraus do Metropolitan Museum of Art na segunda-feira. Mais tarde veio a revelar ser o ator Jared Leto, em homenagem ao amado animal de estimação de Karl Lagerfeld.

Outra homenagem ao famoso felino, a rapper e cantora americana Doja Cat usou uma prótese de nariz de gato e um vestido Oscar dela Renta com capuz e orelhas de gato.

Polémicas na homenagem a Lagerfeld

Algumas vozes críticas se levantaram contra uma homenagem tão grande ao homem que criticou o movimento #metoo e fez comentários considerados ofensivos para modelos "plus size".

"A mostra é realmente centrada em Karl, o designer, nas suas obras e não nas suas palavras", defendeu o curador da exposição e curador-chefe do Costume Institute, Andrew Bolton.

A personalidade de Lagerfeld é mencionada no final da exposição "mas não adicionamos os seus comentários mais controversos e insultuosos", assegurou Bolton.

Lagerfeld "o camaleão" em exposição

Depois das extravagâncias da gala, o Metropolitan Museum de Nova Iorque prossegue a homenagem a Karl Lagerfeld, numa grande exposição sobre um estilista que deixou uma marca indelével na moda e na cultura.

Costureiro estrela, conhecido tanto pelo seu visual e personalidade forte quanto pelos seus desfiles no Grand Palais de Paris. Aquele a quem chamaram "Kaiser" atravessou mais de 60 anos de moda.

Até à sua morte em 2019, deixou a sua marca na Chanel (1983-2019), Fendi (1964-2019) ou Chloé (1963-1983), como "um camaleão" que "passou de uma marca para outra", disse Andrew Bolton, curador-chefe do departamento de moda do Met disse à AFP.

Mas, acrescenta o curador da exposição, Karl Lagerfeld foi também “um criador total, que fazia de tudo, acessórios, cosméticos, figurinos”, e que conseguiu casar “arte e comércio”, inventando “um modelo para a indústria da moda”.

A primeira grande retrospectiva desde sua morte, "Karl Lagerfeld: A Line of Beauty" (5 de maio a 16 de julho), explora as dualidades do artista, mestre da reinvenção, que adaptou o famoso fato Chanel com minissaia para rejuvenescer a marca.

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