Cultura

A curta-metragem com Joaquin Phoenix em defesa da Amazónia

Veja aqui "Guardiões da Vida".

Toby Melville

Lusa

O ator norte-americano Joaquin Phoenix, favorito ao Óscar de Melhor Ator pelo papel no filme "Joker", participa numa curta-metragem produzida por organizações não-governamentais (ONG) para destacar o papel dos indígenas na proteção da floresta Amazónia.

Em "Guardiões da Vida", um filme de dois minutos lançado online na quinta-feira pelas ONG 'Amazon Watch' e 'Extinction Rebellion', o ator de 45 anos interpreta um cirurgião que está a tentar salvar a vida de um paciente que está a morrer.

O combate às alterações climáticas

"Eu fiz este filme para aumentar a consciencialização sobre o efeito da indústria de carnes e laticínios na mudança climática", indicou Joaquin Phoenix, que é um vegetariano de longa data, citado num comunicado da Amazon Watch, uma ONG sediada nos Estados Unidos.

O ator acrescentou que os humanos estão a "cortar e a queimar florestas tropicais, e a observar os efeitos dessas ações em todo o mundo".

"Uma mulher indígena salva a Amazónia [na curta-metragem] . Não é uma metáfora, é a realidade da floresta. A Amazónia é o coração do nosso planeta e os povos indígenas são os seus guardiões", afirmou a diretora executiva da Amazon Watch, Leila Salazar-Lopez.

Esta curta-metragem foi elogiada pela coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sonia Guajajara, que lança regularmente críticas à política ambiental do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.

"Precisamos de solidariedade internacional (...) para dar mais visibilidade à nossa luta, denunciando a destruição da Amazónia e a violência contra os povos que defendem a sua existência", afirmou Guajajara.

O total de áreas sob alerta de desflorestação na Amazónia bateu recordes em janeiro deste ano. De acordo com os dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) brasileiro, foram emitidos alertas para 284,27 quilómetros quadrados de floresta, o maior índice para o mês, desde que começou a série histórica, em 2016.

Na análise do último trimestre (novembro, dezembro e janeiro), também foi verificado um novo recorde, com alertas para a devastação de 1.037 quilómetros quadrados, a maior área para o período desde que começou a medição, segundo dados citados pela imprensa brasileira.

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