"Pela sua sensibilidade à história e ao mundo contemporâneo, pelo virtuosismo da sua escrita, tanto a ficção, como a poesia e o teatro de Hélia Correia são prova inequívoca da fecundidade do português como língua de cultura, que se renova a cada geração e se reinventa em cada um dos grandes autores que nela se exprimem", lê-se numa mensagem do chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, divulgada no 'site' da Presidência da República.
Congratulando-se pela decisão do júri e fazendo votos para que o seu trabalho "continue a prestigiar, como até aqui, a cultura portuguesa e a contribuir para o enriquecimento do património literário" da língua, Cavaco Silva considera ainda que "o reconhecimento de Hélia Correia no universo da literatura lusófona, através do Prémio Camões, é motivo de satisfação e orgulho para os portugueses".
O Prémio Camões foi instituído por Portugal e pelo Brasil em 1989 como forma de reconhecer autores "cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento da literatura de língua portuguesa em todo o mundo", sustenta a organização.
O primeiro distinguido, em 1989, foi o escritor português Miguel Torga. Em 2014, o Prémio Camões foi atribuído ao historiador e ensaísta brasileiro Alberto da Costa e Silva.
O anterior autor português a receber o Prémio Camões foi Manuel António Pina, em 2011.
Lusa