Crise na Ucrânia

Austrália acusa Rússia de boicotar investigação sobre o MH17

A ministra dos Negócios Estrangeiros  da Austrália, Julie Bishop, acusou hoje a Rússia de estar a minar as tentativas  da equipa internacional de investigação para chegar aos destroços do avião  da Malaysia Airlines abatido no leste da Ucrânia.   

Os combates entre tropas ucranianas e rebeldes pró-russos impediram,  em quatro ocasiões, que o grupo de peritos australianos e holandeses chegasse  ao local dos destroços do MH17 onde, segundo Bishop, ainda poderão estar  os restos mortais de 80 das 298 pessoas que seguiam a bordo do avião.  

A chefe da diplomacia australiana disse que os combatem persistem apesar  das promessas de vários dirigentes políticos para criarem um corredor humanitário  e declarar um cessar-fogo na zona.  

"O meu grande medo é que a Rússia está a minar ativamente o processo.  Temos todo o apoio possível do Governo da Ucrânia, mas os combates continuam  e não há cessar-fogo", disse Bishop à estação ABC.  

"É desencorajador, angustiante. Estamos na zona, os peritos estão preparados  para começar a trabalhar, mas não conseguimos chegar ao local", acrescentou  Bishop, que reiterou a "determinação" da Austrália em recuperar os cadáveres  entre os destroços do avião.  

O voo MH17 da Malaysia Airlines, que fazia a rota Amesterdão- Kuala  Lumpur com 298 passageiros e tripulantes a bordo, despenhou-se na região  de Donetsk, numa zona controlada pelos rebeldes pró-russos, atingido por  um míssil a 17 de julho. 

Entre os passageiros, 37 tinham nacionalidade ou eram residentes na  Austrália. 

Lusa

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