Crise na Ucrânia

Austrália vai pressionar para ter acesso à zona dos destroços do avião

O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, disse hoje que vai intensificar a pressão para garantir o acesso dos investigadores à zona do leste da Ucrânia onde se encontram os destroços do avião derrubado da Malaysia Airlines.

Os combates intensificaram-se nas últimas horas nas imediações do local  onde caiu o avião, impedindo que especialistas holandeses e australianos  visitassem a zona devido aos intensos tiroteios. 

Abbott mostrou-se "frustrado" depois de os investigadores terem sido  forçados a regressar a Donetsk quando se encontravam a 12 quilómetros dos  destroços do avião devido a intensos bombardeamentos, apesar de ter sido  acordado um cessar-fogo e a criação de um corredor humanitário. 

"Os separatistas, os russos, todos eles se comprometeram a um cessar-fogo  para facilitar um corredor humanitário para que a nossa missão policial  pudesse passar", disse Abbott à Rádio Macquarie, frisando que "já é altura  de respeitar os acordos".  

As negociações em Kiev pela parte australiana estão encabeçadas pela  ministra dos Negócios Estrangeiros, Julie Bishop, e pelo enviado especial  do primeiro-ministro, Angus Houston. 

Julie Bishop disse, horas antes, que está a negociar com as autoridades  de Kiev para que permitam aos agentes da polícia federal australiana levarem  armas. 

O voo MH17 da Malaysia Airlines, que fazia a ligação Amsterdão Kuala  Lumpur com 298 passageiros e tripulantes a bordo, caiu na região de Donetsk,  numa zona controlada por rebeldes pró-russos, depois de ser atingido por  um míssil a 17 de julho. 

Entre os passageiros havia 193 holandeses e 37 cidadãos e residentes  australianos.  

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