Crise na Ucrânia

Novas sanções da UE à Rússia ameaçam cooperação em matéria de segurança, avisa Moscovo

A União Europeia anunciou hoje sanções aos chefes dos serviços  de informação e a vários responsáveis do conselho de segurança russo pelo  seu envolvimento na crise ucraniana, segundo o jornal oficial da UE. A Rússia já reagiu dizendo que as novas sanções da União Europeia a altos responsáveis russos arriscam acabar com a cooperação em  matéria de segurança entre os dois blocos. 

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"Para falar claramente" a União Europeia "pôs em perigo a cooperação  internacional no domínio da segurança", disse o ministério dos Negócios  Estrangeiros numa resposta à decisão da União Europeia de aplicar sanções

"A lista adicional de sanções é uma prova clara de que os países da  União Europeia escolheram o caminho do retrocesso na cooperação com a Rússia  em matéria de segurança regional e internacional", disse Moscovo. 

Citando o agravar da situação no Afeganistão, Médio Oriente e norte  de África, a diplomacia russa considerou as sanções "irresponsáveis", acrescentando  que o efeito das penalizações será "recebido entusiasticamente pelo terrorismo  internacional". 

Na lista dos visados pelo congelamento de bens e proibição de viajar  para o espaço europeu figuram o chefe do Serviço Federal de Segurança, Nikolai  Bortnikov, e o chefe dos serviços de segurança, Mikhail Fradkov, além do  presidente da Tchetchénia, Ramzan Kadyrov. 

A União Europeia eleva assim a lista de sanções à Rússia para 87 pessoas  e 20 instituições e empresas. 

Os responsáveis do Conselho de Segurança Russo são sancionados pelo  seu contributo para "a elaboração da política do governo russo de ameaça  à integridade territorial, à soberania e à independência da Ucrânia". 

Ramzan Kadyrov é sancionado por ter feito "declarações a favor da anexação  ilegal da Crimeia e da insurreição armada na Ucrânia". 

Entre as instituições sancionadas, contam-se várias empresas com sede  na Crimeia, península ucraniana anexada à Rússia em março, nomeadamente  um grupo hoteleiro sedeado em Yalta. 

Paralelamente, a União Europeia deverá adotar na próxima semana o mesmo  tipo de sanções contra pessoas acusadas de "apoiar ativamente a anexação  da Crimeia" ou a "destabilização do leste da Ucrânia" 

A nova lista, que deverá estar fechada na próxima terça-feira, poderá  incluir oligarcas próximos do presidente russo Vladimir Putin, indicaram  fontes diplomáticas. 

Os 28 afirmam-se prontos para na próxima semana adotarem fortes sanções  económicas no domínio do acesso aos mercados financeiros, venda de armas,  de tecnologias ligadas à energia e de bens de dupla utilização: civil e  militar. 

 

Lusa

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