"Certas peças que vimos e fotografámos apresentam impactos, quase traços perfurantes na fuselagem", declarou Michael Bociurkiw, porta-voz da OSCE na Ucrânia. As peças são "bastantes interessantes", segundo os peritos malaios, que também viram restos humanos no local da tragédia.
Dezenas de vítimas são ainda procuradas no local, numa altura em que os 40 primeiros corpos chegaram à Holanda. Dos 298 ocupantes do avião, 193 tinham nacionalidade holandesa.
Jornalistas da agência France Press no local da catástrofe puderam verificar a existência desses impactos na fuselagem, semelhantes a danos causados por estilhaços. Entretanto, membros da equipa de Identificação de Vítimas de Desastres da Polícia Federal belga partiram hoje de Bruxelas, rumo à Holanda, para ajudar as autoridades holandesas a identificar as vítimas do voo MH17 da Malásia Airlines.
Na base militar de Hilversum, onde chegaram os primeiros cadáveres das vítimas, vai iniciar-se o processo de identificação dos corpos, com a ajuda de médicos forenses e de um especialista em identificação dental.
A Holanda recebeu hoje com honras militares e um dia de luto nacional os primeiros féretros das vítimas holandesas que seguiam no avião comercial, alegadamente derrubado em pleno voo por um míssil disparo pelos rebeldes pró-russos no leste da Ucrânia.
Lusa