"Vamos garantir a segurança dos investigadores internacionais no local, se Kiev fizer um acordo de cessar-fogo. Convidamos Kiev a concluir imediatamente um acordo desse tipo com a DNR (autoproclamada República separatista de Donetsk) pelo menos enquanto decorrer a investigação" do acidente, disse o vice-Primeiro-Ministro da DNR, Andrei Pourguine.
Este apelo corre o risco de não ter efeitos práticos, já que o Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, tinha solicitado na véspera a vários líderes ocidentais para reconhecerem a DNR, assim como a República popular de Lugansk (NRL), como "organizações terroristas".
"Não vemos qualquer diferença entre os acontecimentos na Ucrânia e o 11 de Setembro nos Estados Unidos ou a tragédia de Lockerby", onde um avião que voava de Londres para Nova Iorque explodiu em vôo, causando a morte a 270 pessoas em 1988, um ataque de que foi acusada a Líbia de Muammar Kadhafi, disse Poroshenko no sábado à noite, em conversa por telefone com o presidente francês, François Hollande.
"Esperamos uma reação comum do mundo civilizado", disse.
Mais de dois dias após a queda do avião que partiu de Amesterdão com destino a Kuala Lumpur e que foi alegadamente abatido por míssil terra-ar, vitimando 298 pessoas, dos quais 192 holandeses, os separatistas impedem o acesso ao local por funcionários ucranianos e peritos internacionais.
Os Estados Unidos manifestaram a sua preocupação no sábado à noite com a falta de segurança no local, enquanto o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, sublinhou que o presidente russo, Vladimir Putin, deve "assumir as suas responsabilidades em relação aos rebeldes" apoiados Moscovo.