"O equipamento russo detetou a 17 de julho atividade num radar de Kupol, colocado numa bateria de mísseis Buk-M1, perto de Styla, localidade a cerca de 30 quilómetros de Donetsk", afirma o ministério em comunicado.
Moscovo avança ainda que o radar poderia estar a localizar informação de uma outra bateria colocada na região, à distância de ser disparada, na rota do avião.
"De acordo com as informações do Ministério da Defesa russo, as unidades das Forças Armadas da Ucrânia localizadas no acidente do local estão equipados com sistemas de mísseis anti-aéreos de" Buk-M1. Estes sistemas são capazes de detectar alvos aéreos a distâncias de até 160 km e abatê-los na faixa de altitude completa a uma distância de mais de 30 quilómetros ", sustenta a declaração do ministério.
A revelação de Moscovo vem contrariar as declarações do Governo ucraniano, segundo o qual não foram disparados quaisquer mísseis contra os rebeldes pró-russos. Kiev acrescenta ainda que não poderia ter lançado qualquer míssil contra o avião civil, uma vez que não tinha na região nenhum míssil Buk, nem as milícias têm em seu poder sistemas Buk.
Telefonemas "confirmam responsabilidade dos rebeldes ucranianos"
Ontem, um conselheiro do ministro ucraniano do Interior, Anton Gerashenko, escreveu na sua página do Facebook que, segundo informação dos serviços secretos, o avião estaria a voar a uma altitude de dez mil metros quando foi atingido por um míssil lançado de um Buk, capaz de chegar a uma altitude de 22 mil metros.
Os serviços de segurança ucranianos afirmaram ter interceptado duas conversas telefónicas que confirmam a responsabilidade dos rebeldes no acidente. Segundo as informações, na primeira chamada o comandante rebelde Igor Bezler terá dito a um agente dos serviços russos que as forças rebeldes tinham abatido um avião. Na segunda chamada, dois rebeldes que se encontravam no local onde caiu o avião terão dito que o ataque foi levado a cabo por separatistas a cerca de 25 quilómetros do local.
Nenhuma das chamadas telefónicas foi ainda confirmada.