"Criámos um Conselho Supremo com 150 deputados. Durante a primeira reunião foi decidido criar um Conselho de Segurança e aprovar um projeto de uma ata constitucional", referiu Miroslav Rudenko, copresidente da república separatista, em declarações à agência russa Interfax.
Segundo o projeto constitucional, o chefe de Estado será o presidente do Conselho Supremo, que será eleito pelos próprios deputados.
Miroslav Rudenko acrescentou que o governador de Donetsk designado pelo governo de Kiev já não tem qualquer poder na região, epicentro da insurreição pró-russa.
O representante assegurou igualmente que a polícia de Donetsk passou para o lado dos separatistas e que já não responde às ordens das autoridades de Kiev.
Rudenko indicou ainda que "dentro de dias" também a guarda fronteiriça estará a apoiar os separatistas, que pretendem reabrir a fronteira com a Rússia.
Os líderes separatistas de Donetsk, que declararam na segunda-feira a independência em relação à Ucrânia e pediram a integração na Federação Russa após a realização de um referendo, criaram na terça-feira as suas próprias Forças Armadas.
O primeiro-ministro da república da Crimeia, Serguei Axionov, reconheceu hoje os resultados dos referendos separatistas, realizados no domingo nas províncias de Donetsk e de Lugansk, adiantando que irá estabelecer relações com os líderes das novas repúblicas, depois da constituição das estruturas de poder nesses territórios.
Um grupo de separatistas pró-russos cercou hoje uma unidade militar ucraniana em Donetsk, numa altura em que está a correr o prazo estipulado pelos insurgentes para as forças governamentais abandonarem este território na região Leste da Ucrânia.
Lusa