Crise na Ucrânia

Ordem de abrir fogo contra manifestantes foi dada por Ianukovich

O Ministério do Interior da Ucrânia acusou hoje  o presidente deposto Viktor Ianukovich de ter dado a "ordem criminosa" de  abrir fogo contra os manifestantes da praça Maidan, em fevereiro, quando  quase 90 pessoas foram mortas. 

Ferido nos protestos na Praça da Independência em Kiev a 20 de fevereiro de 2014 / Reuters
© Stringer . / Reuters

O inquérito instaurado pelo atual governo concluiu por outro lado que  agentes dos serviços secretos russos FSB participaram no ataque aos manifestantes  da praça da Independência, no centro de Kiev, acrescentou. 

"Ianukovich deu a ordem criminosa de abrir fogo contra os manifestantes  entre 18 e 20 de fevereiro", disse o ministro do Interior ucraniano, Arsen  Avakov, à imprensa. 

"Agentes do FSB participaram no planeamento e na implementação da chamada  operação antiterrorista", acrescentou, repetindo informações avançadas pouco  antes pelo chefe dos serviços de segurança ucranianos, Valentin Nalivaichenko,  numa conferência de imprensa de apresentação dos resultados preliminares  do inquérito. 

Após três meses de protestos em massa contra o governo de Ianukovich,  considerado pró-russo, as forças de segurança abriram fogo contra os manifestantes  nos dias 18 a 20 de fevereiro, matando perto de uma centena de pessoas e  levando, dois dias depois, à destituição do presidente pelo parlamento.

 Quase 20 pessoas, na maioria manifestantes, foram mortas a tiro na noite  de 18 para 19 de fevereiro em Kiev. No dia 20, mais de 60 pessoas morreram  nos confrontos que se iniciaram de manhã e se prolongaram até ao fim da  tarde. 

A Rússia acusou na altura forças ultranacionalistas de abrirem fogo  contra a polícia para desencadear confrontos que pudessem imputar a Ianukovich.

 

     

Lusa

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