O inquérito instaurado pelo atual governo concluiu por outro lado que agentes dos serviços secretos russos FSB participaram no ataque aos manifestantes da praça da Independência, no centro de Kiev, acrescentou.
"Ianukovich deu a ordem criminosa de abrir fogo contra os manifestantes entre 18 e 20 de fevereiro", disse o ministro do Interior ucraniano, Arsen Avakov, à imprensa.
"Agentes do FSB participaram no planeamento e na implementação da chamada operação antiterrorista", acrescentou, repetindo informações avançadas pouco antes pelo chefe dos serviços de segurança ucranianos, Valentin Nalivaichenko, numa conferência de imprensa de apresentação dos resultados preliminares do inquérito.
Após três meses de protestos em massa contra o governo de Ianukovich, considerado pró-russo, as forças de segurança abriram fogo contra os manifestantes nos dias 18 a 20 de fevereiro, matando perto de uma centena de pessoas e levando, dois dias depois, à destituição do presidente pelo parlamento.
Quase 20 pessoas, na maioria manifestantes, foram mortas a tiro na noite de 18 para 19 de fevereiro em Kiev. No dia 20, mais de 60 pessoas morreram nos confrontos que se iniciaram de manhã e se prolongaram até ao fim da tarde.
A Rússia acusou na altura forças ultranacionalistas de abrirem fogo contra a polícia para desencadear confrontos que pudessem imputar a Ianukovich.
Lusa