Crise na Ucrânia

Gazprom volta a ameaçar com corte de gás à Ucrânia

A petrolífera russa Gazprom voltou a ameaçar interromper o fornecimento de gás à Ucrânia. A empresa estatal russa avisou  hoje e que pode cortar o fornecimento de gás se o país não pagar  a dívida, de 1,36 mil milhões de euros.  

"A Ucrânia deixou de pagar gás e não podemos fornecê-lo de graça. Ou  a Ucrânia paga a dívida ou há o risco de regressar à situação do início  de 2009", disse o presidente executivo da Gazprom, Alexei Miller, citado  pelos 'media' russos. 

Em 2009, a Gazprom cortou o fornecimento de gás à Ucrânia, interrompendo  com isso o fornecimento de vários países europeus. A Europa importa cerca  de um terço do gás que consome da Rússia, quase todo através de gasodutos  que atravessam a Ucrânia. 

O responsável indicou que termina hoje o prazo dado a Kiev para pagar  o gás fornecido em fevereiro. 

"A Gazprom não recebeu o pagamento na sua conta. A dívida aumentou e  é agora de 1,89 mil milhões de dólares (1,36 mil milhões de euros)", disse  Miller. 

A empresa russa já tinha anunciado esta semana o fim, a partir de abril,  do desconto substancial no preço do gás cobrado à Ucrânia. Na sequência  desse anúncio, a União Europeia (UE) afirmou que ajudaria Kiev a pagar o  gás. 

As relações entre a Rússia e a Ucrânia degradaram-se no final de fevereiro,  depois da destituição do Presidente ucraniano Viktor Ianukovich, considerado  próximo de Moscovo, ao fim de três meses de manifestações maciças em defesa  da aproximação do país à UE. 

Com Lusa

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