Crise na Ucrânia

NATO convoca nova reunião de emergência sobre a Ucrânia

A NATO vai realizar esta terça-feira a sua  segunda reunião de emergência sobre a situação da Ucrânia no espaço de 48  horas, após um pedido da Polónia, por se sentir ameaçada pela possível intervenção  armada da Rússia. 

Segundo o secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, a reunião  vai analisar os desenvolvimentos em torno da situação na Ucrânia, que são  vistos como uma ameaça para os países vizinhos e com "sérias e diretas implicações  pata a segurança e estabilidade da área Euro-Atlântica". 

"Nos termos do artigo 4. do Tratado  [de Washington], qualquer aliado  pode solicitar consultas sempre que, na opinião de qualquer um deles, a  sua integridade territorial, a independência política ou a segurança é ameaçada",  refere o comunicado da NATO. 

A Polónia pediu no sábado à noite a convocação urgente do Conselho do  Atlântico Norte, por se sentir ameaçada pela possível intervenção armada  da Rússia na vizinha Ucrânia. 

À entrada para a primeira reunião de emergência, que aconteceu no domingo,  o secretário-geral da NATO descreveu a situação na Ucrânia como "uma ameaça  à paz e à segurança da Europa", exortando a Rússia a parar com as atividades  militares e as ameaças contra a Ucrânia. 

A União Europeia convocou para quinta-feira de manhã uma cimeira extraordinária  para discutir a situação na Ucrânia, depois de hoje os ministros dos Negócios  Estrangeiros dos 28 países-membros terem estado reunidos para debater a  situação. 

A tensão entre a Ucrânia e a Rússia agravou-se na última semana, após  a queda do Presidente Viktor Ianukovich, por causa da Crimeia, península  do sul do país onde se fala russo e está localizada a frota da Rússia no  Mar Negro. 

A Rússia enviou nas últimas horas tropas para a república autónoma da  Crimeia, no sul da Ucrânia, de maioria russófona e estratégica para Moscovo,  que ali tem a base da sua frota do Mar Negro.  

A decisão foi tomada em nome da proteção dos cidadãos e soldados russos,  depois de o Governo autónomo ter rejeitado o novo executivo da Ucrânia,  formado pelos três principais partidos da oposição ao Presidente Viktor  Ianukovitch, atualmente exilado." 

Lusa

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