Crise na Ucrânia

OSCE propõe criar grupo internacional para gerir crise política na Ucrânia

A Organização de Segurança e Cooperação  na Europa (OSCE) nomeou um enviado especial para a Ucrânia e propôs criar  um grupo de contacto internacional para gerir a crise política naquele país,  divulgou hoje o presidente do organismo internacional.  

O suíço Didier Burkhalter, que também é ministro dos Negócios Estrangeiros,  assumiu recentemente a presidência rotativa da OSCE. Dirigindo-se ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, no âmbito de  um debate sobre a cooperação entre a OSCE e a ONU, o político suíço propôs  "a criação de um grupo de contacto internacional sobre a Ucrânia" que incluiria  "os principais atores internacionais" da crise que afeta aquele país.  

A OSCE assumiria um papel de "anfitrião e de coordenador", indicou Burkhalter. A principal missão deste grupo seria "apoiar a Ucrânia neste período  de transição", mas também servir de "plataforma para coordenar e trocar  informações sobre ajuda internacional" ao país. 

Na mesma intervenção, Burkhalter anunciou a nomeação do embaixador Tim  Guldimann como "enviado especial para a Ucrânia", acrescentando que uma  pequena equipa da OSCE se deslocou ao território ucraniano para observar  a situação no terreno. 

O representante suíço declarou ainda que espera que as novas autoridades  de Kiev convidem uma missão de avaliação dos Direitos Humanos para investigar  a violência que abalou aquele país. 

Esta missão apresentará posteriormente um relatório que "poderá ajudar  a avançar com a reconciliação nacional na Ucrânia", acrescentou. "É essencial que apoiemos um processo de transição equitativo e inclusivo,  que não marginalize nenhuma parte da Ucrânia, nem nenhuma comunidade. (...)  Uma Ucrânia estável, democrática e unida é do interesse de todos", concluiu  Burkhalter.  

A Suíça assumiu a 01 de janeiro, e por um ano, a presidência rotativa  da OSCE, organização com sede em Viena. 

 

     

 

Lusa

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