"Foi acordado com Ianukovich que as eleições presidenciais e legislativas serão realizadas este ano e que será criado nos próximos 10 dias um governo de unidade nacional", disse Tusk a jornalistas.
Após várias semanas de calma, Kiev voltou, desde terça-feira, a ser palco de violentos confrontos entre ativistas antigovernamentais e forças de segurança, que já provocaram mais de 90 mortos, 70 dos quais hoje segundo médicos que apoiam os manifestantes.
O Ministério do Interior ucraniano anunciou que distribuiu armas de guerra às forças de segurança e a polícia admitiu que está a usar balas reais nos confrontos com os manifestantes, que hoje fizeram prisioneiros 67 polícias.
No campo diplomático, o Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que vai enviar a Kiev, a pedido do Presidente ucraniano, um representante para participar numa mediação com a oposição e os ministros dos Negócios Estrangeiros francês, alemão e polaco encontram-se na capital ucraniana para tentar conseguir o fim dos confrontos.
A União Europeia decidiu hoje impor o congelamento dos bens e proibir a entrada aos ucranianos responsáveis pelos atos de violência, anunciou a ministra italiana dos Negócios Estrangeiros, Emma Bonino.
A crise política na Ucrânia começou em finais de novembro quando milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a decisão do Presidente, Viktor Ianukovich, de suspender os preparativos para a assinatura de um acordo de associação com a União Europeia e de reforçar as relações com a Rússia.
Lusa