Crise na Ucrânia

Antiga primeira-ministra ucraniana diz que Presidente devia ser julgado 

O Presidente ucraniano, Viktor Ianoukovitch,  devia de ser julgado por "mortes em massa" e devia estar fora de questão  qualquer negociação, disse hoje a política Ioulia Timochenko, na sequência  da onda de violência em Kiev. 

Para a ex-primeira-ministra, que está detida, julgar de imediato o Presidente  deve de ser a única exigência do povo, da oposição e da comunidade internacional,  afirmou numa declaração publicada na página do seu partido.   

Timochenko foi primeira-ministra da Ucrânia até março de 2010 e foi  no ano seguinte julgada e condenada a sete anos de prisão por abuso de poder.

Após várias semanas de calma, Kiev voltou, desde terça-feira, a ser  palco de violentos confrontos entre ativistas antigovernamentais e forças  de segurança, que já provocaram mais de 90 mortos, 70 dos quais hoje segundo  médicos que apoiam os manifestantes.   

O Ministério do Interior ucraniano anunciou que distribuiu armas de  guerra às forças de segurança e a polícia admitiu que está a usar balas  reais nos confrontos com os manifestantes, que hoje fizeram prisioneiros  67 polícias.  

No campo diplomático, a União Europeia decidiu hoje impor o congelamento  dos bens e proibir a entrada aos ucranianos responsáveis pelos atos de violência,  anunciou a ministra italiana dos Negócios Estrangeiros, Emma Bonino.  

Viktor Ianukovich aceitou, também hoje, convocar eleições presidenciais  e legislativas antecipadas. 

A crise política na Ucrânia começou em finais de novembro quando milhares  de pessoas saíram às ruas para protestar contra a decisão do Presidente,  Viktor Ianukovich, de suspender os preparativos para a assinatura de um  acordo de associação com a União Europeia e de reforçar as relações com  a Rússia.  

 

Lusa

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