A convocatória pede às pessoas que saiam para as ruas de Pequim entre as 11:00 e as 17:00 com guarda-chuvas, objeto que se tornou um símbolo dos protestos em Hong Kong, em particular para a Praça de Tiananmen, palco da repressão do movimento estudantil em 1989, escreve hoje a agência Efe.
Sem se saber com certeza a origem do 'hashtag' (etiqueta), acredita-se que poderá ter como proveniência Hong Kong, já que a mensagem original está escrita em carateres chineses ao estilo da antiga colónia britânica e, além disso, o Twitter não está censurado na Região, ao contrário do que sucede no interior da China, onde o acesso é apenas possível através de uma VPN (Virtual Private Network), o que permite fugir à chamada Grande Muralha 'Firewall' da China.
Apesar de a campanha já ter tido eco, alguns utilizadores da rede social e ativistas de direitos humanos de Hong Kong questionam-se acerca da sua viabilidade, uma vez que essa praça é um dos locais mais vigiados e protegidos pela China.
Até à tarde de hoje não foram reportadas informações relativas à realização de iniciativas idênticas noutros lugares da China.
Os protestos na antiga colónia britânica arrancaram a 28 de setembro, no culminar de uma semana de boicote às aulas por parte dos estudantes, contra a recusa de Pequim em permitir sufrágio universal pleno na Região Administrativa Especial.
O arranque do diálogo entre representantes dos estudantes e o Governo estava marcado para sexta-feira, dia 10, mas o início das negociações foi rompido esta tarde pela administração de CY Leung.
Lusa