Assim que foi conhecida a sentença dos 12 líderes independentistas - condenados a penas que vão desde a inabilitação para exercer cargos públicos durante 18 meses, por crimes de “desobediência”, até a penas de prisão, por crime de sedição e desvio de fundos públicos, como foi o caso do ex-vice-presidente do Governo regional, Oriol Junqueras - uma série de grupos de independentistas iniciaram movimentos de protesto em todo o território da comunidade autónoma espanhola mais rica.
A polícia nacional espanhola e as autoridades catalãs (Mossos d'Esquadra) carregaram sobre os manifestantes no estacionamento do principal terminal do aeroporto.
A polícia disparou balas de borracha e usou cassetetes contra os milhares de manifestantes que estavam no aeroporto e os manifestantes reagiram atirando objetos, disparando extintores de incêndio e partindo janelas.
A polícia ainda lançou ameaças de novas intervenções antes de conseguir afastar a maioria dos manifestantes, tendo o movimento 'Tsunami Democrático' divulgado, entretanto, uma mensagem nas redes sociais a cancelar o protesto.
Ainda assim, o movimento avisou que convocará novas manifestações na terça-feira.
Pouco depois, o serviço de metropolitano interno do aeroporto voltou a funcionar, possibilitando a deslocação dos passageiros, enquanto veículos particulares e transportes públicos passaram a ter acesso por estrada.
Segundo a gestora aeroportuária Aena, o protesto provocou o cancelamento de 108 dos 1.066 voos previstos para segunda-feira.
O Serviço de Emergências Médicas avançou ter atendido, ao longo do dia, um total de 78 pessoas, três durante os protestos da manhã e 75 no terminal 1 do El Prat, das quais 38 ainda estavam, cerca das 23:30, em observação.