O homem, cuja identidade não foi anunciada, é suspeito de ter retirado informação e de acesso indevido a um sistema informático.
"O meu cliente, que tinha sido detido no início do mês, foi colocado em liberdade hoje e comprometeu-se a não sair do território suíço até ao final do inquérito", declarou à AFP o seu advogado, Thomas Barth, que acrescentou que as análises e investigações poderiam durar "vários meses".
Segundo uma fonte conhecedora do caso, a procuradoria tinha ordenado uma busca ao escritório em Genebra do gabinete de advogados panamiano Mossack Fonseca, depois de uma queixa apresentada por esta.
Estão em curso análises para estabelecer se o informático subtraiu dados ao seu empregador e, se se comprovar, que tipo de dados e em que período de tempo.
Segundo o jornal suíço Le Temps, que tinha sido o primeiro a anunciar a detenção do informático, nada permite dizer que se trata do homem que se designa por "John Doe" e que afirma estar na origem das revelações dos "Panama Papers".
Desde o início de abril que a divulgação dos "Panama Papers", revelados por um consórcio de jornalistas e assentes em 11,5 milhões de documentos provenientes do escritório Mossack Fonseca, tem causado a abertura de numerosos inquéritos no mundo e conduziu o primeiro-ministro islandês e um ministro espanhol à demissão.
Os documentos revelaram a utilização em grande escala de sociedades offshore, que permitem a ocultação de ativos em territórios opacos e com uma fiscalidade muito baixa.
Em 5 de abril, a Mossack Fonseca queixou-se de ter sido vítima de uma pirataria informática, realizada a partir de servidores estrangeiros, anunciou a apresentação de uma queixa a propósito.
Lusa