Orçamento do Estado 2015

Complementos de pensões continuam suspensos nas empresas deficitárias

 A proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2015 hoje entregue no parlamento mantém a suspensão do pagamento de complementos de pensões pelas empresas do setor empresarial do Estado com prejuízos nos últimos três anos.  

De acordo com a proposta de lei do OE, nas empresas do setor público empresarial que tenham apresentado resultados líquidos negativos nos três últimos exercícios, apenas é permitido o pagamento de complementos de pensões nos casos em que os complementos "sejam integralmente financiados pelas contribuições ou quotizações dos trabalhadores, através de fundos especiais ou outros regimes complementares"

O documento admite o pagamento de complementos de pensão nos casos em que a soma das pensões auferidas pelo beneficiário seja igual ou inferior a 600 euros mensais, tal como aconteceu este ano.

"O pagamento de complementos de pensão é retomado num contexto de reposição do equilíbrio financeiro das empresas do setor público empresarial, após a verificação de três anos consecutivos de resultados líquidos positivos", prevê a proposta do Governo.

A suspensão do pagamento dos complementos de pensões "tem natureza imperativa, enquanto se verificarem as condições nele estabelecidas, prevalecendo sobre contratos de trabalho ou instrumentos de regulação coletiva de trabalho e quaisquer outras normas legais, especiais ou excecionais, em contrário, não podendo ser afastado ou modificado pelas mesmas".

A ministra de Estado e das Finanças entregou hoje, na Assembleia da República, a proposta de Orçamento do Estado para 2015, o último da presente legislatura.

A proposta do Orçamento estima que o défice orçamental para o próximo ano seja de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja 0,2 pontos percentuais acima do acordado com a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu). O documento prevê um crescimento económico de 1,5% e uma taxa de desemprego de 13,4%.

 

Lusa

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