Orçamento do Estado 2014

Agricultura perde 2,6% para 1.270 milhões de euros 

A despesa consolidada do Ministério da Agricultura  e Mar sofre um corte de 2,6% no próximo ano para 1.270 milhões de euros,  segundo a proposta do Orçamento do Estado de 2014 hoje entregue no parlamento.

(Reuters/Arquivo)
© Ints Kalnins / Reuters

"Esta diminuição da despesa total consolidada do programa tem origem  no subsetor dos serviços e fundos autónomos (SFA) com menos 6%, sendo que  o subsetor Estado apresenta um aumento nas despesas do orçamento de atividades  de 3,2%", refere o documento. 

 O subsetor Estado conta com 431 milhões de euros, "um aumento global  de 6,3%, contribuindo para este aumento a despesa com cobertura em receitas  consignadas" das entidades Direção Geral dos Recursos Naturais, Segurança  e Recursos Marítimos (DGRM) e a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento  Rural (DGADR). 

"Este acréscimo é justificado pela transferência de competências do  IPTM  1/8Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos 3/8, nomeadamente as  associadas aos Portos de Pesca e ao aumento de verbas a transferir pelo  IFAP  1/8Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas 3/8 de verbas comunitárias  para cofinanciamento das infraestruturas hidroagrícolas no âmbito do FEADER,  respetivamente". 

A despesa total consolidada do subsetor dos serviços e fundos autónomos  "apresenta uma diminuição de 5,9%, que se verifica essencialmente nos orçamentos  do Fundo Sanitário e de Segurança Alimentar Mais (FSSAM), Instituto de Financiamento  da Agricultura e Pescas (IFAP) e do Instituto Português do Mar a e da Atmosfera  (IPMA), que ascende respetivamente a 7,3 milhões de euros, 24,8 milhões  de euros e 13,6 milhões de euros". 

A proposta de lei do Orçamento do Estado entregue hoje no Parlamento  pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, prevê que seja "aplicada  uma redução remuneratória progressiva entre 2,5% e 12%, com caráter transitório,  às remunerações mensais superiores a 600 euros de todos os trabalhadores  das Administrações Públicas e do Setor Empresarial do Estado, sem qualquer  exceção, bem como dos titulares de cargos políticos e outros altos cargos  públicos". 

O subsídio de Natal dos funcionários públicos e dos aposentados, reformados  e pensionistas vai ser pago em duodécimos no próximo ano, segundo a proposta,  que mantém a aplicação da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES)  sobre as pensões. 

No documento, o Governo refere que o défice orçamental deste ano vai  resvalar para os 5,9% do PIB, superando os 5,5% definidos para 2013 entre  o Governo e a 'troika' e confirma as previsões macroeconómicas, apontando  para um crescimento económico de 0,8% e uma taxa de desemprego de 17,7%  em 2014. 

Lusa    

 

     

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