Mundial 2014

Greve parcial nos aeroportos do Rio de Janeiro

A intersindical do pessoal de terra  de três aeroportos do Rio de Janeiro anunciou, esta noite, uma greve de  24 horas.

A greve iniciou-se às 00:00 (04:00 em Lisboa) precisamente no dia em  que arranca o Mundial de futebol, no Brasil, com a partida inaugural entre  o Brasil e a Croácia. 

Os trabalhadores de terra prometeram assegurar 80% do serviço, mas tal  não evitou, porém, os receios relativamente a atrasos, dado que, por esta  altura, milhares de turistas viajam para o Brasil para o Mundial de futebol,  que arranca hoje em São Paulo, e cujo primeiro jogo no Rio de Janeiro está  marcado para domingo. 

A intersindical Simarj decidiu avançar com a paralisação para reivindicar  aumentos salariais e melhorias das condições laborais. 

"Nós somos brasileiros e continuamos a apoiar o Brasil, mas é nosso  dever lutar pelos trabalhadores que reivindicam aumentos de 10 a 12% e um  bónus para o Mundial", disse o presidente do sindicato, Rui Pessoa, em declarações  à agência AFP. 

Após nove meses de intensas negociações e por causa da intransigência  das organizações patronais -- a contraproposta de aumento salarial é de  8% --, o sindicato do pessoal de terra do Rio convocou a greve nos aeroportos  de Santos Dumont, António Carlos Jobim (ou Galeão) e de Jarcarepagua, explicou  o dirigente sindical. 

Mesmo sendo parcial, o mesmo responsável acredita que a greve terá impacto  face ao aumento do número de voos adicionais no Rio de Janeiro por ocasião  do Mundial de futebol. 

Segundo o Simarj, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou  quase 20 mil voos adicionais durante o Mundial e, só no Rio de Janeiro,  serão dois mil a mais, indica a imprensa brasileira. 

Em comunicado, a Anac indica estar a acompanhar a situação e os eventuais  impactos nas operações, explicando que "as empresas possuem planos de contingência  elaborados para o período da Copa", a qual decorre entre 12 de junho e 13  de julho. 

Lusa

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