Última atualização às 19:01
Mário Soares morreu este sábado por volta das 15:30. Estava hospitalizado desde dia 13 de dezembro, no Hospital da Cruz Vermelha. Chegou a ser transferido no dia 22 dos Cuidados Intensivos para a unidade de internamento em regime reservado, depois de sinais de melhoria do estado de saúde. No entanto, na véspera de Natal, um agravamento súbito da situação clínica obrigou ao regresso à Unidade dos Cuidados Intensivos, onde permaneceu, em coma profundo.
O Governo decretou três dias de luto nacional e honras de funerais de Estado. Em Nova Deli, na Índia, o primeiro-ministro destacou Mário Soares como o rosto e a voz da liberdade. Ainda assim, António Costa não vai interromper a visita de estado à Índia.
Uma reunião de representantes da família Soares com o protocolo de Estado estava prevista para as 19:00 e outra entre os líderes partidários, por volta das 20:00, irão definir quais as homenagens que irão ser feitas ao antigo Presidente da República.
As cerimónias deverão começar na segunda-feira e o funeral decorre no dia seguinte. Entretanto, o corpo de Mário Soares já saiu do hospital para a funerária.
Soares nasceu a 7 de dezembro de 1924, na cidade de Lisboa. Foi primeiro-ministro e Presidente da República, depois de emergir para o combate político ainda durante a juventude e de se afirmar como uma das principais figuras da luta contra o Estado Novo, que lhe valeu o exílio até ao 25 de abril de 1974.
Polémico e ciente do seu próprio estatuto, Mário Soares construiu-se e edificou-se como símbolo nacional de resistência e liberdade, para muitos.