Enquanto alguns setores do estádio aplaudiam o chefe de Estado sul-africano e líder do partido ANC, uma grande vaia vinda das bancadas onde se encontram populares ativistas contra o poder surpreendeu os presentes no estádio.
Jacob Zuma voltou a ser vaiado mais tarde, quando o mestre-de-cerimónias o apresentou e o seu retrato surgiu nos écrans gigantes do estádio.
Os presentes dedicaram uma prolongada salva de palmas a Winnie Mandela, ex-mulher do histórico líder sul-africano, mas não dispensaram o mesmo tratamento à viúva, Graça Machel, saudada moderadamente.
Frederik de Klerk, o Presidente sul-africano que terminou o regime de "apartheid", a política de segregação racial da África do Sul, não suscitou qualquer reação por parte dos presentes quando foi apresentado ao público e o seu retrato exibido.
Dezenas de milhares de vozes juntaram-se para cantar de forma emocionada o hino nacional da África do Sul, no início das cerimónias, juntando cidadãos e chefes de Estado, membros da realeza e líderes religiosos.
Milhares de pessoas estão hoje no estádio FNB, em ambiente de celebração, com grupos de jovens a cantar e a dançar, outros a tocar vuvuzelas, para festejar o homem que libertou a África do Sul do regime de "apartheid".
Na cerimónia estão presentes muitos líderes mundiais, como o secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon, e os Presidentes norte-americano, brasileira e português, entre mais de 50 chefes de Estado e de Governo que se encontram em Joanesburgo.
A África do Sul pretende oferecer ao seu símbolo máximo, falecido na noite da passada quinta-feira, aos 95 anos, funerais à medida da sua estatura.
Além do estádio Cidade do Futebol, três outros estádios de Joanesburgo vão ser abertos à população para a transmissão da cerimónia num ecrã gigante, estando ainda previstos 150 locais de transmissão dispersos por todo o território do imenso país da África austral.